Polêmica e útil, calculadora de custos para motorista de apps chega no Brasil

Ferramenta desenvolvida pelo StopClub auxilia trabalhadores de aplicativos a calcular suas despesas.

Os motoristas de aplicativos como Uber, 99 e iFood ganharam uma grande aliada no trabalho que vem desagradando as plataformas. O aplicativo StopClub lançou uma calculadora de despesas que permite ao usuário estimar, com precisão, o ganho líquido com a atividade.

Com a calculadora, o condutor consegue verificar quais serão os gastos com uma corrida e o valor exato do lucro recebido por ela. Para realizar essa conta, o sistema considera despesas com combustível, aluguel de veículo, deslocamento e parcelas do financiamento, por exemplo.

“As plataformas se beneficiam da assimetria de informação. Os valores variam muito dependendo se tem tarifa dinâmica, promoções. E cada motorista tem a sua própria realidade. É difícil saber exatamente quantas horas ou quilômetros ele precisa trabalhar para conseguir alcançar um determinado ganho líquido”, defende Pedro Inada, co-fundador e co-CEO da StopClub.

A ferramenta é especialmente útil para motoristas de transporte por aplicativo, mas também auxilia entregadores de empresas como iFood, Loggi e Rappi que utilizam motos, bicicletas, vans e outros tipos de veículos.

O aplicativo StopClub é gratuito e está disponível para download nas lojas Google Play e App Store.

Caso de Justiça

Em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou uma liminar obtida pela Uber para suspender os serviços da empresa de forma preventiva. A companhia alega que a calculadora “viola seus termos de uso” e prejudica os usuários e motoristas parceiros, “afetando a confiabilidade da plataforma como um todo”.

A StopClub argumenta que o serviço não interfere ou tem qualquer interação com os códigos do software da Uber e que apps similares estão amplamente disponíveis na internet.

“Queremos dar mais conhecimento para essa população. Muitas vezes o motorista acha que tem uma receita alta, gasta mais do que poderia no dia a dia, e depois fica endividado. Queremos que o trabalhador por aplicativo entenda que ele é um empreendedor. Que ele tem receita e custos operacionais”, completa Inada.

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