Por que carros de entrada nos EUA são vistos como ‘premium’ no Brasil?

Mercado faz adaptação nos modelos de entrada para atender público brasileiro; Entenda.

Não é difícil perceber a diferença de público-alvo ao comparar o mesmo veículo no Brasil e nos Estados Unidos. Muitos modelos considerados caros em nosso país são, na verdade, veículos de entrada. Exemplos disso incluem o Toyota Corolla, o Nissan Versa e o Jeep Renegade.

Enquanto por aqui eles despertam o desejo da classe média alta, chegando a custar mais de R$ 200 mil, nos Estados Unidos, o foco é nos jovens e trabalhadores com menor poder aquisitivo.

Novo modelo

O mesmo padrão se repete com o mais recente modelo da Honda no Brasil, o ZR-V, posicionado acima do HR-V no portfólio brasileiro. No mercado nacional, é vendido em uma versão única por R$ 214.500. Já nos Estados Unidos, é o SUV de entrada mais vendido da marca, custando apenas US$ 24 mil. Vale ressaltar que a versão brasileira é mais equipada que a norte-americana.

Isso ocorre porque nos Estados Unidos, a categoria “carro de entrada” refere-se a modelos compactos e acessíveis, direcionados a quem busca opções mais econômicas. Assim, mesmo que modelos como o Corolla e o ZR-V não sejam considerados compactos nas ruas brasileiras, lá competem com veículos muito maiores, como o Ford F-150.

Carro premium

A prática de trazer modelos de entrada para o Brasil com um toque premium é comum em diversos fabricantes. Carros que nos Estados Unidos seriam acessíveis ao mercado brasileiro com preços comparáveis ​​a veículos de categorias superiores, devido a fatores como impostos, tarifas e taxas de câmbio.

Além disso, as preferências do mercado também desempenham um papel importante. Por exemplo, o Corolla, embora compartilhe a mesma “casca”, é muito mais luxuoso no Brasil em comparação com o modelo comercializado nos Estados Unidos. A solução para atender o mercado brasileiro é oferecer modelos de entrada com mais itens de conforto e luxo, como piloto automático, câmera de ré e assistentes de condução semiautônoma.

Considerando as preferências do mercado, é evidente que a chegada dos modelos de entrada ao mercado brasileiro nos mesmos moldes dos Estados Unidos não seria bem sucedida, uma vez que não ofereceriam os itens que trazem conforto aos veículos, nem um preço atrativo devido à carga tributária.

você pode gostar também