Por que o seguro de carros populares está mais caro? Veja estimativas de preços
Análise dos seguros de carros populares revela aumento nos preços, mesmo em comparação com veículos de maior padrão.
Adquirir um carro popular nem sempre significa economia quando se trata de seguro. Na maioria das cidades brasileiras, a diferença de preços das apólices pode surpreender.
Corretores de seguros das capitais têm identificado aumentos consideráveis nos valores, especialmente para alguns modelos populares. Em Salvador, Bahia, o Chevrolet Onix LT 1.0 possui um dos seguros mais caros, mesmo quando comparado a veículos mais sofisticados.
No bairro da Vila Laura, a apólice chega, em média, a R$ 3,3 mil, enquanto na Pituba, o valor atinge R$ 3,9 mil.
Fatores que influenciam no preço do seguro
Josimar Antunes, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros da Bahia (Sincor-BA), explica em reportagem ao Jornal Correio que diversos fatores influenciam no cálculo do seguro. Além do modelo, a localização do proprietário e o índice de criminalidade na área são cruciais para definir o preço.
Uma questão interessante é a do Hyundai HB20 Comfort Plus, que oferece mais conforto, mas tem um seguro mais acessível.
Na Vila Laura, a apólice para o modelo custa cerca de R$ 2,6 mil, enquanto na Pituba, R$ 3,1 mil. Isso comprova que a localização exerce grande impacto no valor final.
Carros esportivos e a influência dos riscos
Os carros esportivos e pick-ups possuem seguros mais elevados devido ao maior risco de acidentes. Antunes destaca que esses veículos costumam transportar cargas, o que aumenta as chances de sinistros.
Felippe Porfirio, corretor de seguros, lista modelos como o Volkswagen Polo/Track, Chevrolet Onix, Fiat Argo e Hyundai Novo HB20 com seguros mais caros. Eles substituíram veículos como Volkswagen Gol e Chevrolet Celta, que por muitos anos dominaram o mercado.
Comparativo entre capitais nordestinas
Em termos de comparação regional, Eujacio Lopes Matos, outro corretor, aponta que Salvador possui seguros automotivos mais caros do que Aracaju e Fortaleza. A crescente estatística de violência na Bahia é um dos fatores que contribuem para isso.
Contudo, Antunes afirma que o índice de preços permanece equilibrado entre as capitais nordestinas, variando apenas conforme o interesse dos corretores locais.
O mercado ajusta os valores baseando-se em parâmetros regionais, assegurando uma média uniforme para o Nordeste. “Só há diferença de preço se houver apetite do corretor”, completa o profissional.