Por que o Toyota Corolla Cross se tornou um dos mais desejados do mercado?

Apenas na semana do nosso último teste, veio a notícia do recorde mundial da Toyota com o Corolla: 50 milhões de unidades vendidas em todo o mundo ao longo de 55 anos e 12 gerações.

Por acaso ou por sorte, mas estamos no meio de uma análise do Corolla Cross, a última variante lançada do clássico e histórico modelo da marca japonesa. Uma coincidência para entender o peso da história e a confiança global que este veículo gera.

O Corolla Cross é uma grande novidade porque pela primeira vez o Corolla se torna um SUV de médio porte e, além disso, o primeiro Sport Utility híbrido fabricado no Mercosul. Chegou há poucos meses ao Brasil com dois motores, todos com caixa CVT e várias versões de equipamentos.

O plano de comunicação oficial da Toyota destaca quatro aspectos fundamentais para este modelo: design moderno, robusto e dinâmico; espaço interior generoso; conforto de condução e segurança (com pacote Toyota Safety Sense).

O modelo, que compartilha a plataforma TNGA com o sedã Corolla, o Prius e o CHR, é fabricado no Brasil e está posicionado abaixo do RAV 4 no portfólio da Toyota em nosso país. É um veículo exclusivo para mercados emergentes e também é produzido nas fábricas que a Toyota possui na Tailândia e em Taiwan.

Para se ter uma ideia, as dimensões da Cross são de 4,46 metros (17 cm mais curto que o sedã), largura de 1,82 metros (4,5 cm de largura) e 1,62 metros de altura (18 cm mais alto). Por sua vez, a distância entre eixos é de 2,64 metros (6 cm mais curta) e o campo de visão é 12 centímetros maior do que no Corolla tradicional.

Entre em um segmento competitivo com expoentes de diferentes marcas como Jeep Compas, Peugeot 3008, Chevrolet Equinox, Hyundai Tucson, Kia Sportage, Ford Bronco, Volkswagen Taos, entre outros. Chegamos à versão 2.0 XRE, topo de linha, que reúne o que há de mais completo em equipamentos. Aqui contamos os detalhes as características e benefícios do modelo.

Ficha técnica

Motor – 2.0L Dual VVT-iE¹ 16V DOHC²
Potência (cv/rpm) – 177 cv/6.600 rpm (abastecido 100% com etanol)
Torque (kgf.m/rpm) – 21,4 Kgf.m / 4.400 rpm
Combustível – Etanol / Gasolina
Transmissão – Direct Shift (CVT³) com modo sequencial de dez velocidades
Valor em outubro de 2021 – R$ 163.493

Veredito

A incorporação de uma variante SUV do Corolla responde a necessidade do cliente, mas também conquista um público diferente do fiel dono de um Corolla, que é muito mais tradicional.

O Corolla Cross tem muita personalidade, está bem estabelecido, com uma proposta estética mais jovem, moderna e até com detalhes que lhe dão um ar esportivo. Esses perfis serão claramente um polo de atração para outro universo de pessoas.

A primeira coisa que pensamos de sua estética, na verdade, é uma pergunta: por que teriam decidido transmitir um olhar triste ou zangado no porta-malas? É que a sua tampa, com um interessante formato de figuras em relevo, simula uma boca enrugada.

Os faróis aerodinâmicos apresentam tecnologia bilingue e acompanham aquele rosto triste, adicionando seriedade e elegância. Por outro lado, a saída de ar inferior abriga dois pequenos faróis de neblina redondos.

O interior do Cross tem muitos elementos em comum com o sedan: controles, painel, tela, painel e bancos dianteiros. Esperávamos encontrar, devido ao perfil do veículo, uma cabine mais moderna com alguma transgressão no design. Pelo contrário, é sóbrio e elegante, com diferentes tons de cinza, preto e inserções cromadas.

A opção SEG adiciona sensores de estacionamento dianteiros e traseiros acompanhados por um monitor de câmera que projeta as imagens quando engatamos a marcha-ré. Ele também possui entrada inteligente sem chave e botão de partida do motor.

O que pensamos do Corolla Cross? Em primeiro lugar, aprovamos o design exterior, pois o objetivo de transformar o Corolla em um SUV foi bem alcançado. Ele tem sua própria identidade e personalidade.

Por dentro esperávamos um pouco mais de ousadia, mas a qualidade geral está garantida. Em termos de conforto e segurança dos equipamentos damos-lhe um destaque porque tem de tudo. Especialmente os muitos recursos de condução.

Entre os pontos altos colocamos o motor e a transmissão, uma grande parceria para oferecer um trafegar ágil e austero no consumo. Não tem turbo, mas alguns sistemas exclusivos compensam.

Se compararmos com o sedan, o conforto de direção é um pouco menor. No entanto, a posição de condução é melhor.

Em suma, um veículo com mais questões a favor do que contra, que tem uma vantagem substancial sobre os seus concorrentes e o aval de uma marca que dá garantia de confiança.