Preços de metais nobres fazem catalisadores virarem alvo de ladrões
Valor dos metais em catalisadores veiculares faz deles alvos de roubos, destacando a importância da peça.
A crescente valorização dos metais nobres presentes nos catalisadores dos veículos tem despertado a atenção de ladrões. A peça, essencial para neutralizar gases poluentes, contém metais como paládio, platina e ródio, que estão entre os mais raros e valiosos.
Em um contexto de aumento dos preços internacionais desses metais, o roubo de catalisadores está se tornando cada vez mais comum. A procura no mercado ilegal por essas peças contribui para que os proprietários de veículos enfrentem riscos de prejuízos financeiros.
O catalisador é um componente vital para o controle de emissões de poluentes, sendo composto por uma colmeia cerâmica revestida por metais preciosos. A extração desses metais é altamente lucrativa, fazendo com que o roubo desses dispositivos se torne atrativo para atividades criminosas.
Metais preciosos: paládio, platina e ródio
Atualmente, o paládio é avaliado em aproximadamente R$ 195 por grama e a platina em torno de R$ 215, enquanto o ouro está cotado em R$ 598. O ródio, apesar de sua raridade, possui um valor similar ao do ouro, destacando-se como um metal altamente cobiçado.
Os catalisadores contêm, em média, 1,89 g de platina, 0,29 g de paládio e 0,10 g de ródio. Esses metais são amplamente utilizados em diversas aplicações industriais, o que aumenta ainda mais suas demandas e, consequentemente, seu valor no mercado.
O ródio, por exemplo, é encontrado em quantidades mínimas na crosta terrestre, cerca de 0,001 grama por tonelada, reforçando sua raridade e importância no setor industrial.
Cuidados com a troca do catalisador
Os catalisadores originais têm uma vida útil de aproximadamente 80 mil km. É essencial que os proprietários de veículos fiquem atentos a sinais de que a peça pode estar defeituosa, como a perda de potência do motor, frequentemente causada por combustível adulterado.
Os componentes de reposição costumam ter uma durabilidade inferior, em torno de 40 mil km, o que demanda atenção redobrada na hora da substituição para evitar enganos.
Dicas para evitar fraudes
- Verifique sempre a procedência do catalisador ao realizar a troca.
- Desconfie de mecânicos que sugerem trocas frequentes.
- Acompanhe os sinais de desgaste e performance do veículo.
Mantenha-se informado sobre atualizações do setor automotivo e discuta com outros entusiastas em plataformas dedicadas. O conhecimento é uma ferramenta poderosa na proteção contra fraudes e prejuízos.