Produção da Toyota no Brasil fica parada e só deve voltar em 2026, dizem fontes
Tempestade danificou fábricas da Toyota no Brasil, paralisando operações e adiando lançamento do Yaris Cross.
Uma tempestade com ventos de até 90 km/h deixou um rastro de destruição nas unidades da Toyota no Brasil. O telhado de uma fábrica inaugurada em 2014 caiu e até um carro foi virado no pátio, enquanto equipes correm para avaliar os danos causados pelo episódio da segunda-feira (22/9).
As operações em Sorocaba e Porto Feliz permanecem suspensas desde terça (23/9), sem previsão de retomada. Leandro Soares, do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, estima que a volta só ocorra em 2026 “devido ao tamanho do prejuízo”.
O cronograma do Yaris Cross também sofreu impacto: o lançamento, inicialmente previsto para outubro, foi adiado e ainda não tem nova data definida. A Toyota segue mapeando os danos e não informou prazos para a retomada das atividades.
Impactos imediatos nas fábricas
Sorocaba, onde se montam modelos, e Porto Feliz, polo de motores, estão paradas desde terça. Indaiatuba também enfrenta impacto operacional e está com as atividades prejudicadas.
De acordo com Leandro Soares, as atividades em Sorocaba e Indaiatuba tendem a permanecer comprometidas neste ano, dada a extensão das avarias. Além disso, o sistema de produção “just in time” (na hora) amplia o efeito dominó, pois qualquer ruptura paralisa a linha.
A falta de motores em Porto Feliz, citada pelo sindicato, virou o principal gargalo e impede a retomada da montagem. Por isso, mesmo ajustes em estruturas não bastam sem o fornecimento de propulsores, o que prolonga a paralisação nas demais unidades.
O que vem a seguir
Após diálogo com representantes da empresa, Soares avaliou que a produção no Brasil deve realmente ficar para o próximo ano. Até o momento, a Toyota não forneceu prazos oficiais e continua apurando as perdas em suas plantas.
Ao passo que avalia reparos estruturais e restabelece cadeias de peças, a marca prioriza segurança e diagnóstico. Paralelamente, o sindicato monitora o quadro e reforça que, sem motores de Porto Feliz, Sorocaba e Indaiatuba dificilmente retomam ritmo neste ano.
O cronograma de recuperação dependerá do laudo completo dos danos e da recomposição do suprimento de motores. Assim que houver definições, a empresa deverá comunicar novas datas para produção e para o Yaris Cross.
