Quais as piores e as melhores rodovias do país? Confira o ranking
Dados são da Confederação Nacional do Transporte. Pesquisa considerou mais de 11 mil km de malha rodoviária.
Com uma análise de 11.502 km de malha rodoviária, um levantamento Da Confederação Nacional de Transporte apontou as melhores e as piores rodovias brasileiras. Segundo a instituição, sanar os pontos críticos deve ser prioridade.
A avaliação levou em consideração fatores como sinalização, visibilidade, acostamento e pontes como critério para o ranking.
Melhores e piores
Três entre as dez melhores rodoviais estaduais do país tem administração do poder público, sendo duas delas em São Paulo e outra em Goiás. Já quando se trata das dez piores, todas são públicas.
Nesse sentido, o relatório aponta que a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, ambas no Amazonas, é a pior rodovia do país. Por outro lado, a melhor faz a ligação entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia, a RJ-124.
Confira o ranking completo:
Piores rodovias do Brasil
- AM-010 (AM) Manaus – Itacoatiara (Pública)
- PB-400 (PB)Cajazeiras – Conceição (Pública)
- BR-364 (AC) Cruzeiro do Sul – Acrelândia (Pública)
- PE-096 (PE) Palmares-Barreiros (Pública)
- MA-106 (MA) Governador Nunes Freire – Alcântara (Pública)
- PE-126 (PE) Palmares – Quipapá (Pública)
- AC-010 (AC) Porto Acre – Rio Branco (Pública)
- AP-010 (AP) Macapá – Mazagão (Pública)
- PA-263 (PA) Goianésia do Pará – Tucuruí (Pública)
- BR-174 (AM) Presidente Figueiredo – Borba (Pública)
Melhores Rodovias do Brasil
- RJ-124 (RJ) Rio Bonito – São Pedro da Aldeia (Concedida)
- SP-270 (SP) Presidente Epitácio – Ourinhos (Concedida)
- SP-225 (SP) Itirapina – Santa Cruz do Rio Pardo (Concedida)
- BR-153 (TO) Aliança do Tocantins – Talismã (Concedida)
- SP-463 (SP) Ouroeste – Clementina (Pública)
- SP-320 (SP) Rubinéia – Mirassol (Pública)
- BR-080 (GO) Vila Propício – Padre Bernardo (Pública)
- SP-191 (SP) Mogi Mirim – São Pedro (Concedida)
- BR-364 (GO) Jataí – São Simão (Concedida)
- BR- 493 (RJ) Itaboraí – Itaguaí (Concedida)
Condições das rodovias
O estudo ainda aponta de 67,5% da malha rodoviária pavimentada é considerada ruim, péssima ou mesmo regular. A recuperação das rodovias, por meio de ações emergenciais que vão desde a reconstrução à manutenção, precisaria de um investimento de R$ 94,12 bilhões.
Além disso, a pesquisa traz 2.648 pontos críticos nas estradas estaduais. São eles:
- 207 quedas de barreira;
- 5 pontes caídas
- 504 erosões na pista
- 1803 unidades de coleta com buracos grandes
- 67 pontes estreitas
- 62 outras situações críticas que atrapalham a fluidez da via.
Reconstrução
No total, 628 km de rodovias precisam ser totalmente reconstruídas, enquanto 39.357 km necessitam de restauro por apresentarem trintas, buracos, ondulações, remendos e até mesmo afundamentos. Do total, 62.278 km precisam de manutenção por estarem desgastados.
Distrito Federal
A pesquisa CNT de Rodovias mostra de 54,4% da malha rodoviária pavimentada do Distrito Federal tem algum tipo de problema e, portanto, recebe a classificação de regular, ruim ou péssima. Neste caso, para que ocorra a reconstrução, restauração ou manutenção dos trechos é preciso um investimento de R$ 477,26 milhões.
Outro dado alarmante que a pesquisa demonstra é que, em 2022, houve um prejuízo de R$ 164,54 milhões devido a acidentes. A falta de acostamento aparece em 33,3% dos trechos, enquanto 40% das curvas perigosas estão sem sinalização.
Por fim, as condições do pavimento das rodovias do Distrito Federal geram aumento de custo operacional de transporte de 25,8%. Na prática, esse aumento reflete na competitividade, uma vez que atinge em cheio o preço do frete e, por consequência, o valor final dos produtos para o consumidor.