Qual é mais vantajoso em 2024: financiar um carro ou andar de Uber?
Especialista compara qual opção é mais rentável para o bolso de quem quer economizar.
Segundo dados da B3, a venda de veículos novos e usados por financiamento bancário soma 1 milhão de unidades nos dois primeiros meses de 2024. Diante do aquecimento do mercado, muitas pessoas se perguntam se vale a pena financiar um carro ou apenas se locomover por aplicativos, como Uber.
Outra alternativa para esse bolo são os carros por assinatura, que também representam uma opção mais atrativa para quem deseja economizar. Apesar da alta, o financiamento de carro ainda não é bem visto por muitas pessoas, sobretudo em razão do grande volume de juros.
Comprar um carro ou fazer assinatura? Qual vale mais a pena?
Em entrevista para O Tempo, o consultor financeiro Silvio Azevedo declarou que é preciso ter cuidado quando o assunto é comparar financiamento de assinatura de carro.
Como exemplo, o especialista utiliza um veículo 1.0, com valor de mercado de R$ 80.990. No financiamento, com uma taxa de 1,5% ao mês pelo período de 36 meses, seu valor total será de R$ 103 mil. Porém, ao somar as despesas de manutenção e seguro, o total chega a R$ 119 mil em três anos.
Já na assinatura, considerando uma locadora de veículos de Belo Horizonte, o mesmo veículo pode ser alugado por um período de 36 meses pelo valor de R$ 72 mil, sendo R$ 2 mil ao mês (já inclusos os gastos de manutenção e seguro pagos pela própria locadora). Sem considerar a gasolina, o valor pode parecer o mesmo.
Contudo, após 36 meses, o carro financiado segue sendo a melhor opção, pois existe a possibilidade de revenda de um bem, ao contrário do que ocorre com a locadora. Além disso, se a intenção da pessoa não for trocar de carro a cada três anos, financiar continua sendo a escolha mais acertada. O aluguel de um carro nesse caso só seria vantajoso em caso de downgrade, na troca de um carro mais caro por um mais em conta.
E andar de Uber ao invés de comprar um carro: qual vale mais a pena?
Em relação aos carros de aplicativo, o cálculo precisa ser feito de outra maneira, segundo Azevedo. “O Uber em BH custa R$ 1,64 por km rodado. Pegando, por exemplo, os R$ 2.000 do aluguel, divididos por R$ 1,64, temos cerca de 1.220 km rodados por mês”. No caso dos carros por aplicativo, o cálculo deve ser feito com base nos quilômetros a serem percorridos por dia, geralmente do domicílio ao trabalho.
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Mas para o especialista, se a pessoa for solteira, o Uber certamente é mais cômodo, pois será usado de forma econômica. Porém, se a pessoa for casada e tiver filhos, talvez a ideia de ter um carro financiado seja melhor aproveitada, principalmente em razão do conforto. Resumindo: observar a necessidade da família é o ponto-chave para escolher entre Uber e financiar um carro.
*Com informações de O Tempo