R$ 35 MIL: multa de trânsito mais cara do Brasil custa o preço de um carro — literalmente

Você sabia que uma infração de trânsito pode custar mais que uma moto nova ou até um carro usado? Embora muitos condutores estejam familiarizados com as multas leves, médias e graves, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também prevê sanções extremamente severas, que podem ultrapassar os R$ 35 mil, especialmente quando envolvem riscos à segurança pública e obstrução de vias.

Dito isso, é fundamental que motoristas estão atualizados em relação às multas de trânsito mais caras do Brasil, como os valores são calculados e em quais situações os motoristas podem ser penalizados com as infrações gravíssimas com multiplicadores elevados.

Quais são os tipos de infrações e seus valores base?

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O CTB classifica as infrações em quatro categorias, com valores fixos baseados na gravidade da conduta:

• Leve: R$ 88,38;
• Média: R$ 130,16;
• Grave: R$ 195,23;
• Gravíssima: R$ 293,47;

No entanto, o que muitos motoristas desconhecem é que as infrações gravíssimas podem ter valores multiplicados por fatores que variam de 2 até 60 vezes, dependendo da natureza e do risco da infração.

Qual é a multa mais cara do Código de Trânsito Brasileiro?

A multa mais cara prevista no CTB está no artigo 253-A. Trata-se da penalidade aplicada a quem organiza movimento que interrompa ou bloqueie o trânsito sem autorização do órgão competente.

• Infração gravíssima multiplicada por 60 vezes;
• Valor de R$ 17.608,20;
• Em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor dobra para R$ 35.360,40;
• Pode acarretar suspensão do direito de dirigir por até um ano.

Essa sanção é direcionada principalmente a pessoas físicas ou jurídicas que utilizam veículos para bloquear vias públicas, como em protestos ou manifestações sem autorização legal.

Outras infrações gravíssimas com multiplicadores altos

Além da infração citada, outras condutas previstas no CTB também são classificadas como gravíssimas e possuem fatores multiplicadores que aumentam significativamente o valor da multa. Confira as principais:

🔹 Multiplicador x10 – R$ 2.934,70

• Recusar-se a fazer o teste do bafômetro (Art. 165);
• Participar de racha ou corrida ilegal (Art. 173);
• Realizar manobras perigosas (Art. 175).

🔹 Multiplicador x5 – R$ 1.467,35

• Deixar de prestar socorro em acidente com vítima (Art. 176);
• Ultrapassar pelo acostamento (Art. 202);
• Ultrapassagem pela contramão em faixa contínua (Art. 203).

🔹 Multiplicador x3 – R$ 880,41

• Dirigir sem possuir habilitação (Art. 162);
• Exceder em mais de 50% a velocidade permitida (Art. 218, inciso III).

🔹 Multiplicador x2 – R$ 586,94

• Conduzir veículo com CNH de categoria diferente da exigida (Art. 162);
• Permitir que pessoa não habilitada dirija seu veículo (Art. 164);
• Suspensão da CNH e outras penalidades adicionais

Além da penalidade financeira, muitas dessas infrações gravíssimas resultam na suspensão do direito de dirigir, especialmente nos casos que envolvem risco à segurança viária, como o uso de veículo para bloqueio de vias ou participação em rachas.

É possível recorrer de multas?

Sim. Todo condutor autuado tem o direito de apresentar recurso administrativo, mesmo em casos de multas com valores altos.

O recurso pode ser apresentado junto aos órgãos competentes de trânsito, que variam conforme a jurisdição (municipal, estadual ou federal). É essencial que o recurso seja fundamentado com documentos e argumentos técnicos para ter chances de êxito.

Vale destacar que a imposição de multas elevadas no trânsito brasileiro tem como principal objetivo coibir condutas perigosas e preservar vidas.

Muito mais do que uma penalidade econômica, essas infrações representam comportamentos de alto risco, que comprometem não apenas o condutor, mas todos que compartilham as vias.

Estar atento às regras do Código de Trânsito Brasileiro e respeitar as normas de circulação é o melhor caminho para evitar prejuízos financeiros e contribuir para um trânsito mais seguro e responsável.