Regras do governo podem eliminar os carros atuais em até 3 anos; entenda

Novas metas de emissões do Programa de Controle de Emissões Veiculares ficarão ainda mais apertadas nos próximos anos.

Carros pouco eficientes que consomem muito combustível estão na mira do governo e podem se tornar coisa do passado. No início de 2023, diversos modelos que não se enquadravam nas metas de emissões do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) L7 tiveram sua produção encerrada pelas montadoras.

Com o aperto dos limites nas próximas fases do projeto (2025, 2027 e 2029), mais veículos a combustão devem deixar as prateleiras das concessionárias.

Em 2025, o limite médio de emissão para automóveis será de 50 mg/km de Nmog + Nox (gases orgânicos não metanos e óxidos de nitrogênio). Já em 2027, ele cairá para 40 mg/km.

Esse limite é válido por montadora, e não por automóvel, o que significa que será verificada a média de emissões dos veículos emplacados pelas marcas que possuem mais modelos à venda. É nessa conta que os carros de volume podem perder espaço.

Alguns integrantes da indústria afirmam que os novos limites de emissão ameaçam a existência de motores a combustão, sobretudo em carros de volume, já que a maioria não atende as exigências previstas para 2027.

Fim dos motores a combustão

A mudança do Proconve L6 para o L7 promoveu grandes novidades nos quesitos eficiência energética e índices de emissões, afirma Everton Silva, mentor em Energia a Combustão da SAE.

“Quando o assunto é tecnologia, os motores passaram a ter injeção direta, turbo, menos cilindros. Tudo isso para se enquadrar nas novas normas. A partir do Proconve L8, será necessário um desenvolvimento adicional na injeção de combustível e, principalmente, no sistema de catalisadores. Os modelos precisarão ser mais modernos e ter mais tecnologias para consumir menos e emitir menos gases poluentes”, explica.

Por outro lado, o motorista não tem nada a temer porque ainda será possível produzir motores a combustão continuarão, a exemplo do que acontece na Europa.

“Outra opção é o sistema híbrido, que reduz muito mais as emissões de poluentes. Para se ter uma ideia, os híbridos de hoje já atendem às exigências do Proconve L8 de 2029. Tudo indica que a migração para esse tipo de tecnologia será a nossa principal via de crescimento, o problema é que esses carros continuarão mais caros do que os modelos a combustão – que também vão aumentar de preço por causa das novas tecnologias”, completa o especialista.

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