Seguro pode pagar parcelas ou até quitar o financiamento do seu veículo

Bancos oferecem benefícios adicionais como proteção a eventuais problemas financeiros para convencer clientes.

A inadimplência nos financiamentos de veículos continua sendo uma preocupação para bancos e financeiras, embora a taxa esteja em queda. Para convencer os clientes, a nova estratégia é oferecer o Seguro de Proteção Financeira (SPF), que garante cobertura para eventuais problemas financeiros.

Segundo o diretor da Santander Financiamentos, Cezar Janikian, o chamado seguro prestamista não é obrigatório, e sim um serviço extra “recomendado por questão de segurança maior em caso de necessidade”. O preço varia de caso para caso, podendo ser fixado, por exemplo, com base no valor do empréstimo.

Cerca de 5,2% dos contratos de financiamento de veículos estão inadimplentes, mostram dados do Banco Central divulgados em março, contra 3% no final de 2020. Apesar de altos, os números estão em queda desde maio de 2023, quando atingiram 5,7%. Ainda assim, eles influenciam as taxas de juros e a oferta de crédito.

Parcelas pagas e contrato quitado

Uma das vantagens do SPF é que o banco assume até três prestações em caso de atraso do pagamento por desemprego, dificuldades financeiras, problemas de saúde ou outros imprevistos. Na hipótese de morte, o restante do valor poderá ser quitado, a depender do limite da indenização.

Se a pessoa tiver um emprego estável, como, por exemplo, ser funcionário público, ou tiver uma carreira sólida, o valor pode ser menor”, explica a professora de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Juliana Inhasz.

O prazo das três parcelas assumidas é o mesmo que a financiadora tem para retomar o veículo. A partir do Marco Legal das Garantias, que entra em vigor este ano, a reintegração do bem será feita de forma extrajudicial.

De acordo com o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, o serviço só vale a pena quando a taxa de juros é baixa, considerando que o risco de inadimplência para a instituição também será reduzido. Ele não é vantajoso, por exemplo, para quem consegue guardar uma reserva financeira ou tem emprego sólido, completa Inhasz.

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