Sem perrengue no pós-venda: BYD terá produção nacional de peças para evitar problemas de reposição
Compradores dos modelos da montadora chinesa reclamam de demora na entrega de peças de reposição.
A BYD está preocupada com as queixas de clientes sobre a demora na entrega de peças de reposição de seus veículos e quer melhorar a assistência pós-venda. Os compradores dos carros da marca se queixam de que a reposição pode levar até três meses, um prazo considerado bem longo.
Para contornar a situação e ampliar o estoque de reposição, a marca deve começar a produzir componentes na fábrica de Camaçari (BA). O anúncio foi feito após uma visita de representantes da empresa ao centro de distribuição de peças em Cariacica (ES).
A estrutura do centro existe desde 2021, quando a BYD começou a operar no Brasil. Desde então, a demanda por peças cresceu 300%, acompanhando o aumento nas vendas de veículos pela marca, que emplacou mais de 18 mil unidades em 2023.
A produção local de componentes é o próximo passo para o atendimento da crescente demanda. “Estamos planejando fabricar algumas peças nacionalmente, e essa produção pode acontecer um pouco antes do início das operações na fábrica da Bahia. No entanto, a intenção é que tudo comece de forma simultânea”, afirmou Wagner Carrieri, gerente de pós-venda da BYD.
Ao que tudo indica, a chinesa planeja iniciar a operação ainda em 2024, além de contar com o apoio de fornecedores locais para reduzir os prazos.
Demora na entrega
A BYD reconhece a demora temporária na entrega de alguns pedidos por questões de logística. Segundo a montadora, o prazo máximo para peças já disponíveis no estoque é de três dias, sem contar o tempo de transporte.
Caso o componente ainda não esteja em território nacional, a empresa faz um pedido emergencial à China e recebe as peças em até 15 dias. O transporte é feito por aviões e os itens de colisão, como para-brisas e retrovisores, estão entre os mais pedidos.
Hoje, são mais de 370 mil componentes em uma área de 5 mil m². Além de duplicar o tamanho do estoque de peças para 10 mil m², a montadora também quer aumentar o número de concessionárias de 60 para 250 até o final do ano.