Só nos feriados! Por que a circulação de ônibus ‘velhos’ em estradas foi limitada?

Medida da Agência Nacional de Transporte Terrestres para ônibus intermunicipais entra em vigor em fevereiro.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) determinou que os ônibus intermunicipais com 15 até 20 anos de fabricação só poderão circular nas rodovias federais durante feriados prolongados ou na alta temporada. A medida é válida a partir de fevereiro.

Antes, ônibus intermunicipais com até 20 anos de existência podiam rodar em qualquer período do ano pelas estradas do país. A nova regra reduz a idade máxima para 15 anos.

Segundo a ANTT, a não limitação à circulação de veículos mais velhos poderia gerar a falta de atendimento à demanda, afetando o deslocamento dos brasileiros.

Com a mudança, o uso dos ônibus antigos fica limitado aos períodos compreendidos entre a segunda semana de junho e a primeira semana de agosto; e a última semana de novembro e a primeira semana de fevereiro.

Além da determinação, esses veículos também terão que passar por uma inspeção técnica feita por uma empresa licenciada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A cada seis meses, é necessário obter um novo Certificado de Segurança Veicular (CSV-ANTT).

“A regulação analisada, ao aumentar a competitividade do setor e, por consequência, ampliar as alternativas de transporte para o passageiro, o faz de maneira objetiva e responsável”, afirma Luciano Lourenço, diretor da agência.

Segurança e renovação da frota

Para o especialista em segurança viária Danilo Oliveira, a decisão pode reduzir os incidentes em estradas, mas ele lembra que a renovação da frota é um processo lento. Boa parte dos veículos em circulação no Brasil tem mais de 30 anos de fabricação, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito.

“O processo de renovação da frota não só é crucial para garantir a segurança dos usuários das estradas, mas também para reduzir os custos associados à manutenção de veículos mais antigos e poluentes. É essencial que o governo agilize e fortaleça medidas para incentivar a substituição de veículos obsoletos por modelos mais modernos, sustentáveis e mais seguros”, completa Oliveira.

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