Tesla enfrenta investigação por problemas críticos em direção autônoma
Investigação sobre o sistema da Tesla após relatos de acidentes redefine confiança e pode levar a recall.
A Tesla está sob os holofotes novamente, mas desta vez não é por inovação. A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA), órgão americano de segurança viária, abriu investigação sobre o sistema Full Self-Driving (FSD) após relatos preocupantes.
Os proprietários relatam eventos como carros avançando sinais vermelhos e invadindo faixas indevidas. Até agora, mais de 50 incidentes e quatro feridos foram contabilizados.
Além das ocorrências, a agência recebeu 18 denúncias formais e analisou informações da imprensa e relatórios internos da própria Tesla. O caso está em fase preliminar, mas especialistas alertam que a situação pode evoluir rapidamente para um recall se os riscos se confirmarem.
A expectativa é que a apuração dure cerca de oito meses, tempo em que o FSD será testado minuciosamente. O resultado pode redefinir a confiança em tecnologias autônomas e lançar um alerta sobre os limites da direção assistida, mostrando que ainda há um longo caminho até carros totalmente autônomos e seguros.
Apuração e resposta da Tesla
Os registros descrevem comportamentos de risco em diferentes cenários urbanos e rodoviários. Os relatos cobrem ocorrências diversas em múltiplas vias.
Em alguns casos, as situações se repetiram no mesmo cruzamento em Maryland, nos Estados Unidos, o que elevou a preocupação técnica da agência.
A Tesla afirmou já ter corrigido parte dos problemas identificados e, dias antes da abertura da investigação, lançou uma nova versão do FSD amplamente promovida por Elon Musk. Ela integra dados do programa de robotáxis em teste em Austin, Texas.
Risco de recall e próximos passos
A NHTSA classificou o procedimento como avaliação preliminar, etapa que pode escalar para um recall. Durante aproximadamente oito meses, técnicos vão revisar incidentes, logs enviados pela Tesla e materiais da imprensa. Além disso, a agência analisará a efetividade das correções já aplicadas.
Fiscalização anterior sobre sistemas da Tesla
Em abril, a NHTSA encerrou uma investigação sobre o piloto automático padrão da Tesla, associado a 13 mortes. Contudo, outra apuração segue ativa para verificar as correções implementadas pela montadora.
O novo inquérito coloca sob holofotes o equilíbrio entre inovação e segurança nos EUA. Enquanto a Tesla expande capacidades do FSD, reguladores buscam limitar riscos em cenários complexos. Por fim, a decisão final poderá moldar eventuais mudanças no software.
Até a conclusão da análise, os resultados da avaliação e as informações adicionais da imprensa e da Tesla vão sustentar as próximas deliberações. Nesse percurso, o risco de recall não é descartado.