Testes do robotáxi da Tesla são abalados por acidentes; veja o que deu errado
Tesla inicia testes de robotáxis em Austin, mas acidentes levantam preocupações sobre segurança e confiabilidade.
A Tesla deu o primeiro passo concreto rumo ao futuro dos transportes com o lançamento de viagens experimentais de robotáxi em Austin, nos Estados Unidos, em julho de 2025. A iniciativa, há muito esperada por Elon Musk, promete revolucionar a mobilidade urbana.
Porém, os primeiros relatórios já acenderam um alerta sobre a segurança e os resultados reais da tecnologia.
Segundo documentos públicos, no dia 1º de julho, três acidentes envolveram veículos da Tesla na cidade. Dois ocorreram devido a colisões traseiras causadas por outros motoristas, enquanto um Model Y colidiu com um objeto estacionado, deixando o condutor com ferimentos leves.
Esses incidentes reacendem o debate sobre a confiabilidade dos carros autônomos e os protocolos de operação em vias públicas.
Autoridades americanas acompanham de perto o programa experimental, ponderando como equilibrar inovação e segurança. Apesar do entusiasmo em torno dos robôs-táxis, os primeiros acidentes mostram que a tecnologia ainda enfrenta desafios antes de se tornar uma solução totalmente confiável para o transporte urbano.
Segurança e operação dos robotáxis
Austin concentra, até agora, toda a fase de validação do serviço. Segundo a Forbes, os três eventos aconteceram no primeiro dia de corridas, 1º de julho. Por outro lado, um quarto acidente foi registrado, porém não integrou a estatística oficial por ter ocorrido dentro de um estacionamento.
Na ocasião dos incidentes, a frota somava cerca de 11 mil quilômetros percorridos em testes urbanos. Em contraste, a Waymo reportou 60 casos em mais de 80 milhões de quilômetros, evidenciando uma ampla diferença na taxa.
Consequentemente, a leitura desses números orienta discussões regulatórias e ajustes técnicos na Tesla.
Modalidade e regras de uso
Os robótaxis funcionam exclusivamente em Austin e atendem a solicitações feitas por aplicativo próprio da Tesla. A tarifa se mantém fixa em US$ 4,20 por viagem, independentemente do trajeto, mas condições climáticas adversas podem interromper o serviço de forma preventiva.
Cada carro leva um funcionário da Tesla no banco do passageiro para monitoramento e eventual intervenção. Enquanto isso, o banco do motorista fica desocupado, visando reduzir os riscos na etapa de testes em vias públicas. A frota utiliza o Tesla Model Y como plataforma das corridas.
Implicações e próximos passos
Os resultados desses testes tornam-se críticos para qualquer ampliação do serviço, tanto internamente quanto junto aos reguladores. Mesmo com os novos dados, Elon Musk segue sendo um entusiasta declarado da proposta de robotáxis.
Nesse contexto de testes, Austin funciona como vitrine e laboratório operacional para a empresa.
A continuidade do programa dependerá da análise dos incidentes, de ajustes de software e da resposta a eventos climáticos. Assim, métricas de segurança comparáveis às da Waymo tendem a nortear decisões futuras sobre escala e cobertura.