Toyota Yaris Cross nem chegou ao Brasil, mas já está ligado a fraude
Novo SUV compacto é alvo de investigação por autoridades do Japão que apura fraudes em testes de segurança.
O Toyota Yaris Cross nem chegou ao mercado brasileiro, mas já está envolvido em uma série de polêmicas do outro lado do mundo. Futuro concorrente do Honda HR-V, Nissan Kicks e Chevrolet Tracker, um dos carros mais aguardados do ano foi associado a um esquema de fraude.
Investigações realizadas por autoridades do Japão indicam que a montadora supostamente falsificou testes de segurança do novo SUV compacto, envolvendo tanto ocupantes quanto pedestres. Outros carros da marca, como Fielder e Axio, tiveram dados alterados indevidamente.
Após o anúncio da descoberta, a montadora japonesa admitiu o erro e informou que alterou os resultados de seis testes de segurança realizados desde 2014, incluindo modelos da divisão de luxo Lexus. O presidente da Toyota, Akio Toyoda, pediu desculpas e disse que busca corrigir a falha.
Não somos uma empresa perfeita. Mas, se percebermos algo errado, daremos um passo atrás e continuaremos tentando corrigi-lo, disse.
As vendas do Yaris Cross foram temporariamente suspensas em mercados asiáticos após o escândalo, mas a marca garantiu aos proprietários que não há risco em utilizar os veículos. As investigações conduzidas pelo governo japonês continuam.
Histórico das investigações de fraude
O mais recente escândalo de fraude é apenas mais um dos episódios ligados à Toyota. As notícias começaram a surgir em 2022, antes do lançamento do SUV Yaris Cross, quando uma investigação revelou que uma subsidiária da marca que fabrica caminhões falsificava testes de emissões de poluentes há quase 20 anos.
Outro caso que gerou muito burburinho foi o da Daihatsu, outra marca do grupo. A empresa fraudava o resultado de testes de impacto lateral ao aplicar reforços estruturais nas portas dos veículos submetidos a eles, material que não foi adicionado aos carros produzidos em série e entregues aos clientes.
Após o escândalo mais recente, o Ministério dos Transportes do Japão ampliou as investigações e descobriu irregularidades cometidas por outras quatro montadoras: Honda, Mazda, Yamaha e Suzuki. As falsificações incluem dados de emissões e economia de combustível.