Vai comprar carro usado pela internet? 6 dicas para não cair em golpe e fazer um bom negócio

Adquirir carros usados online pode ser vantajoso, mas requer cuidados. Veja dicas para garantir negociações seguras e evitar surpresas desagradáveis.

Comprar um carro usado pela internet pode parecer uma tarefa simples nos dias de hoje — e, de fato, é uma alternativa prática, acessível e cada vez mais popular.

Plataformas como Mercado Livre, OLX e Webmotors reúnem milhares de anúncios de veículos seminovos e usados, oferecendo desde modelos populares até SUVs completos com poucos cliques. Mas, em meio à conveniência digital, também surgem riscos que exigem atenção redobrada.

Se você está pensando em comprar um carro usado online, saiba que a segurança na negociação depende de alguns cuidados estratégicos.

Para ajudar você a fazer uma escolha segura e sem surpresas desagradáveis, reunimos dicas valiosas para evitar golpes, identificar fraudes e garantir um bom negócio.

O momento de escolher um carro usado exige atenção e muita pesquisa para não cair em furadas (Foto: Shutterstock)

1. Pesquisa é a base de uma compra inteligente

Antes de qualquer negociação, invista tempo na pesquisa de preços e condições de mercado. Usar os filtros das plataformas não só facilita a busca por um modelo específico, como um Fiat Argo 2022 com até 30 mil km, mas também permite comparar valores e identificar anúncios com preços muito abaixo da média, que podem esconder problemas sérios ou tentativas de golpe.

Desconfie de textos vagos como “estado de novo” ou “único dono” sem imagens claras e detalhadas. Fotos reais devem mostrar o veículo de todos os ângulos: interior, motor, painel, rodas, porta-malas e, principalmente, a placa visível, o que facilita a verificação documental.

Se possível, solicite ao vendedor um vídeo completo do carro, postado no YouTube ou enviado via link, e proponha uma chamada de vídeo caso a negociação avance.

2. Golpes comuns na internet: saiba como se proteger

Entre os crimes mais frequentes está o anúncio clonado: o golpista copia fotos de um carro real e oferece por um preço atrativo, conduzindo a negociação fora da plataforma, geralmente por WhatsApp ou e-mail. Após ganhar a confiança da vítima, pede pagamento antecipado via Pix ou transferência bancária e desaparece.

Outro sinal de alerta é a pressa do vendedor: urgência para fechar negócio, alegações de viagem ou dificuldade em mostrar o veículo são indícios de possível fraude. Mantenha sempre a comunicação dentro da plataforma utilizada, pois ela oferece maior rastreabilidade e segurança.

3. Muito além da aparência: o que observar no veículo

Após selecionar os anúncios mais confiáveis, o próximo passo é o contato presencial. Combine o encontro em um local público e movimentado, preferencialmente uma oficina mecânica ou posto de vistoria.

Leve um mecânico de confiança, que pode identificar ruídos, problemas na suspensão, freios desgastados ou sinais de reparos mal feitos. Durante a inspeção visual, atente-se ao alinhamento das portas, à diferença de tonalidade na pintura, à ferrugem e aos parafusos com tinta recente, sinais de possíveis batidas ou consertos não declarados.

Dentro do carro, verifique o volante, os pedais, os bancos e os sistemas elétricos. E nunca dispense o test-drive, essencial para avaliar o desempenho e identificar eventuais falhas na condução.

4. Laudo cautelar e histórico de manutenção: documentos indispensáveis

O laudo cautelar é um item obrigatório antes de fechar qualquer negócio. Emitido por empresas especializadas, ele revela se o veículo já passou por acidente, enchente, leilão, adulterações de chassi ou tem bloqueios judiciais. Muitas revendedoras já disponibilizam o laudo com acesso via QR Code ou link direto. Caso não seja assim, o serviço pode (e deve) ser contratado por conta própria.

Verifique também o histórico de revisões: o manual carimbado por concessionárias ou oficinas demonstra que o carro foi bem mantido. Além disso, consulte se existem recalls pendentes no site da montadora, usando o número da placa ou do chassi.

5. Transferência digital e formas seguras de pagamento

Desde 2021, a transferência de propriedade de veículos passou a ser 100% digital. O antigo DUT em papel deu lugar à ATPV-e (Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo eletrônica), emitida pelo Detran. Para validá-la, tanto o comprador quanto o vendedor devem usar login com certificado digital no portal Gov.br.

Evite qualquer forma de pagamento fora da plataforma. No caso do Mercado Livre, o ideal é usar o Mercado Pago, sistema que segura o valor até que o comprador confirme a entrega e o estado do carro. Nunca envie dinheiro para contas de terceiros ou finalize a compra fora do ambiente oficial.

6. Carros usados em 2025: como saber se o preço é justo?

O mercado de carros seminovos e usados em 2025 segue aquecido, com modelos de 2021 ou 2022 sendo vendidos por valores próximos ou até iguais à tabela Fipe. Isso se deve à valorização dos usados pós-pandemia, à escassez de veículos zero e à alta nos preços das montadoras.

Na hora de decidir, vá além do preço de compra: avalie o consumo de combustível, custo de manutenção, valor das peças e até mesmo o seguro. Um carro barato no início pode sair caro ao longo do tempo. Compare versões, leia avaliações e calcule o custo total de propriedade para fazer uma escolha mais consciente.

Comprar carro usado pela internet exige atenção, mas pode ser um ótimo negócio

Negociar um carro usado online é uma excelente oportunidade de economia e praticidade, mas exige cautela, pesquisa e boas práticas de segurança digital.

Seguindo essas orientações, você minimiza riscos, evita fraudes e aumenta suas chances de encontrar um veículo confiável, com preço justo e documentação em dia.

Portanto, não compre por impulso, compre com informação.

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