Vai garantir o seu? Pré-venda de carro voador começa no próximo trimestre
Startup brasileira já tem contrato de importação de fabricante chinesa; Saiba os detalhes.
A partir do próximo ano será possível ver carros voadores no céu brasileiro. Isso porque a aeronave elétrica de decolagem e aterrissagem vertical (pela sigla em inglês eVTOL) passará a ser vendida no país. O primeiro modelo comercializado no Brasil é resultado de uma parceria com o mercado chinês.
A saga
Enquanto diversos fabricantes buscam formas de desenvolver seus próprios protótipos, como a Embraer (com a Eve), uma startup brasileira saiu na frente e vai se tornar revendedora local. A expectativa é que as pré-vendas tenham início já no começo do próximo ano.
A startup em questão é a Gohobby, do ex-piloto de automobilismo Adriano Buzaid. A empresa já atua como distribuidora de drones e, agora, fechou contrato para a importação de eVTOL da chinesa Ehang.
A empresa aguarda a liberação da Anac para o início dos testes tripulados já no primeiro trimestre de 2024.
Testes
A startup já realiza testes sem passageiros em território nacional e planeja um evento de lançamento para atrair potenciais compradores para as 100 primeiras unidades que estarão em pré-venda. Os preços podem variar entre US$ 600 mil e US$ 700 mil. Este primeiro lote terá entrega com até um ano de espera – para os últimos da lista.
Mas engana-se quem pensa que a Gohobby é uma aventureira. A empresa deve terminar o ano com um faturamento de R$ 100 milhões onde já opera. Enquanto o valor de investimento no projeto de carros voadores será de R$ 4 milhões.
Já a sua parceira, a chinesa EHang é líder global no mercado de eVTOL e comercializa modelos desde 2016. Em seu país de origem, tem certificação da CAAC, agência reguladora que detém acordo bilateral com a Anac.
Modelos
Um dos modelos mais avançados, o EH216-S, transporta até dois passageiros com bagagem de mão. Ele tem um alcance de cerca de 30 km, além de atingir 130 km/h e não necessita de piloto. O mesmo também ocorre com outros eVTOLs e, portanto, o controle de rota é remoto, mas sob o comando humano em solo.
A ação tem como público-alvo as próprias companhias aéreas, de táxi-aéreo, assim como o setor de agronegócio e órgãos públicos, como polícias e bombeiros, além de hospitais. O veículo pode, por exemplo, transportar órgãos para transplante, trazendo agilidade ao processo.
Uma das vantagens do modelo de transporte é o baixo custo de manutenção e de emissão de carbono. O eVTOL chega a ser 10 vezes mais econômico que outros veículos aéreos, segundo a fabricante chinesa: uma recarga elétrica do veículo custa cerca de R$ 16.