Voltou atrás? Proibição de carros a combustão será revista na Europa

Parlamento europeu sinaliza possibilidade de rever a proibição da venda de automóveis novos com motores a combustão.

A transição energética da frota mundial de veículos parecia estar praticamente acertada com o sucesso dos carros elétricos ao redor do mundo. Porém, os governos começaram a repensar decisões que acabariam com a venda de veículos novos a combustão em pouco mais de uma década.

O maior partido do Parlamento Europeu sinalizou que pretende revisar o prazo limite para o fim da comercialização de automóveis novos com motores de combustão no Velho Continente, previsto para 2035. Quem entrou recentemente na jogada e deu mais força à possibilidade foram os líderes do poder legislativo do bloco econômico.

Há cerca de um ano, Frans Timmermans, um dos maiores representantes do Pacto Ecológico Europeu (PPE), deixou a Comissão Europeia. Em maio deste ano, a sigla alcançou maioria na Casa e agora consegue passar qualquer projeto de seu interesse.

Segundo as agências Reuters e ANSA, um dos primeiros focos do PPE é “revisar as regras de redução de CO2 para carros e vans novos para permitir o uso de combustíveis alternativos com zero emissões para além de 2035”.

Foto: Shutterstock

Revisão na política de emissões

Em 2023, a União Europeia aprovou uma regra para a proibição da venda de carros novos que emitem CO2 a partir de 2035. Pouco tempo depois, o bloco se comprometeu a estimular combustíveis alternativos e sintéticos para assegurar que esse tipo de motorização continue existindo exclusivamente a partir deles.

Os combustíveis sintéticos são semelhantes aos biocombustíveis como o etanol, mas dependem somente de água e de dióxido de carbono extraído da atmosfera. No entanto, especialistas acreditam que dificilmente os veículos movidos a esses produtos conseguirão competir com os carros elétricos.

Ainda não há informações de como essa política será revista pelos parlamentares. No momento, a discussão enfrenta o desafio de manter o delicado equilíbrio político entre grupos como socialistas e democratas, sobretudo ao tentar convencer aqueles que se opõem ao enfraquecimento das políticas de combate às mudanças climáticas.

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