4 serviços automotivos que são um desperdício de dinheiro para o motorista

Alguns ajustes e limpezas oferecidos em muitas oficinas só precisam ser feitos quando o carro apresenta alguma falha.

Não é nada incomum chegar à oficina mecânica para uma revisão de rotina do carro e receber propostas de inúmeros serviços que não estão indicados no plano de manutenções. Até mesmo nas concessionárias, o mecânico começa a listar uma série de ajustes e limpezas opcionais com supostos resultados inovadores e revolucionários.

O profissional justifica que o serviço oferecido pode prolongar a vida útil das peças do veículo, o que parece uma ótima vantagem. Porém, na maioria das vezes, ele não passa de um gasto desnecessário.

Algumas dessas tarefas, inclusive, são recomendadas pelo fabricante somente em caso de falha ou mau funcionamento de componentes ou sistemas. Erwin Franieck, engenheiro e conselheiro da SAE Brasil, alerta para a questão:

“Não é porque o carro atingiu determinada quilometragem que você é ‘obrigado’ a limpar os bicos injetores, por exemplo. Sempre é bom questionar a real necessidade de determinado serviço para você não ficar no prejuízo”, explica. “Vale a pena sempre questionar e desconfiar do que é oferecido e não está previsto no manual do proprietário”, acrescenta.

O especialista diz que o proprietário deve seguir os prazos e as quilometragens previstos no plano de manutenção de cada carro, até mesmo para não perder a garantia de fábrica. Em outros casos, a durabilidade das peças varia com o estilo de condução e as condições de uso do veículo.

4 serviços ‘desnecessários’ na oficina

1. Balanceamento das rodas

Para começar, o balanceamento e até o alinhamento só precisam ser feitos em caso de necessidade, quando o carro apresenta um sintoma de que algo está errado. “Não faz sentido realizar um novo balanceamento se você não perceber qualquer trepidação no volante a velocidades acima de 120 km/h”, informa Franieck.

2. Limpeza dos bicos injetores

A tarefa deve ser realizada apenas quando o componente apresenta alguma obstrução. “Hoje não está prevista a limpeza de bicos injetores no plano de manutenção, ao menos nos manuais que eu já consultei. Desconheço montadoras que recomendem a prática ao atingir determinada quilometragem”, diz o especialista.

Essa cultura vem do tempo do carburador, quando era preciso remover o depósito de resíduos que se formava. Com a melhora na qualidade do combustível, o surgimento da injeção eletrônica e a evolução dessa tecnologia, a limpeza em intervalos regulares já não é mais obrigatória”, completa.

3. Substituição de amortecedores

Esse é um item que deve ser conferido durante a revisão periódica, mas só precisa ser trocado em caso de problemas no sistema ou a partir da quilometragem indicada no manual. “Pessoalmente, eu não costumo substituir os amortecedores dos meus veículos por quilometragem. Recomendo fazê-lo somente ao constatar que eles já não apresentam mais o funcionamento esperado”, destaca o engenheiro.

4. Troca do filtro do ar-condicionado

Por último, está um serviço comum e quase sempre desnecessário. “Mesmo em boas condições, com uma semana de uso, o filtro do ar-condicionado já está sujo e com má aparência”, explica.

Segundo Franieck, o próprio motorista pode limpar o componente com “uma escova macia” e “deixá-lo sob o sol por uma hora”. Em geral, ele fica dentro de uma espécie de portinha sob o painel, mas é possível consultar o lugar correto no manual.

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