Nitrogênio nos pneus: vale a pena usar ou é apenas mais um gasto desnecessário?
Descubra se a optar pelo nitrogênio é ideal para os seus pneus e entenda os custos e benefícios envolvidos.
Já se perguntou se vale a pena utilizar nitrogênio nos pneus? Essa pode ser uma opção se o veículo for ficar parado por um longo período e houver locais próximos para a calibragem. O nitrogênio é um gás inerte que não danifica as rodas, é menos suscetível a mudanças de temperatura e possui menor taxa de vazamento. No dia a dia, sua principal vantagem é que os pneus mantêm a pressão por mais tempo, o que evita a necessidade de calibrá-los com frequência.
O preço é um fator importante a ser considerado. O custo para encher os pneus com nitrogênio pode chegar a até R$ 10 por roda, enquanto a calibragem com ar comum custa cerca da metade desse valor.
Logo, quem opta por seu uso tenta proteger seu investimento. “Isso leva o motorista a rodar com pneus com pressão baixa até que tenha oportunidade de parar em um local que disponha de nitrogênio”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental.
Importância da correta calibragem
A menor sensibilidade às variações de temperatura é crucial em situações críticas. Na Fórmula 1, por exemplo, uma pequena variação na pressão dos pneus pode influenciar no tempo de volta, fazendo a diferença entre a pole position e uma posição intermediária.
Aplicações específicas
Em aeronaves, o nitrogênio é utilizado devido às mudanças de pressão e temperatura externa, especialmente nos trens de pouso, que não são pressurizados e climatizados como a cabine de passageiros. O mesmo acontecia no antigo ônibus espacial, que enfrentava variações extremas.
Os pneus da aeronave eram fabricados pela Michelin com índices superlativos. Cada pneu era calibrado a incríveis 340 lb/pol², dez vezes mais do que um carro comum. Eles podiam suportar uma faixa de temperatura de 4ºC a 55ºC e atingir uma velocidade máxima de 416 km/h.
Sendo assim, a utilização de nitrogênio nos pneus pode trazer benefícios em determinadas situações, como para veículos que ficam parados por longos períodos ou em ambientes com variações extremas de temperatura. Porém, o custo mais elevado e a disponibilidade limitada podem tornar essa prática menos vantajosa para o uso diário.