Mortes no trânsito são mais comuns aos finais de semana, aponta estudo
Do total de sinistros de trânsito com mortes ocorridos no Rio Grande do Sul em 2023, 18,7% foram registrados no sábado.
A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul (Abramet/RS) registrou 1.060 sinistros de trânsito com mortes em todo o estado no período de janeiro a agosto de 2023. Os casos com fatalidades ocorreram com mais frequência no sábado, demonstrando que o perigo aumenta no fim de semana.
A análise, baseada em dados disponibilizados pelo Detran/RS, aponta que 198 pessoas foram vítimas de acidentes de trânsito ocorridos no sábado (18,7% do total). Domingo foi o dia em que aconteceram 186 mortes (17,5%), enquanto as sextas-feiras registraram 151 vítimas fatais (14,2%) no ano passado.
Considerando apenas o período entre sexta-feira e domingo, os sinistros de trânsito fatais chegam a 535 no total, metade do volume apurado ao considerarmos todos os dias da semana.
Um detalhe importante do estudo é o turno no qual mais ocorreram mais fatalidades no trânsito, o período da noite. Do total de acidentes com óbitos no estado, 37,1% (393 casos) transcorreram após o pôr do sol.
Foto: Bilanol/Shuttestock
Número de mortes é ainda maior
A pesquisa divulgada pela Abramet/RS considera os dados referentes aos oito primeiros meses de 2023. Segundo o presidente da associação, Ricardo Hegele, o volume de mortes ficará ainda maior após a publicação dos números do ano inteiro, que ainda não foram divulgados.
“As pessoas estão mais relaxadas nos finais de semana, vão mais a compromissos de lazer e não medem as consequências que acabam ceifando suas vidas. Não são estatísticas, são famílias destruídas e sonhos que vão embora por situações que poderiam ter sido evitadas pela educação e urbanidade no trânsito”, pontua.
A entidade destaca que muitos sinistros de trânsito poderiam ser evitados com a adoção de atitudes simples do condutor ao volante, uma vez que as maiores causas de acidentes são o excesso de velocidade, o consumo de bebidas alcoólicas, o uso do celular e a fadiga.