Cuidado no 'rolezinho' do fim de semana: cerveja sem álcool pode fazer você cair no bafômetro

Produtos de algumas marcas disponíveis no mercado contêm percentual mínimo de álcool e podem prejudicar o motorista.

A legislação de trânsito brasileira estabelece tolerância zero para o consumo de álcool pelos motoristas. Conhecida como Lei Seca, ela prevê penalidades severas para o condutor que dirige sob a influência dessa ou de outras substâncias psicoativas, como multa e suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Desde sua criação, as marcas nacionais e internacionais começaram a criar opções de cerveja sem álcool para oferecer uma opção ao motorista da rodada. No entanto, apesar do nome, alguns produtos podem conter um teor alcoólico bem pequeno.

Por definição do Inmetro, bebidas com até 0,5% de álcool são consideradas zero e podem ser chamadas de “sem álcool”. Em geral, três long necks de cervejas zero já são suficientes para acusar no bafômetro. Quem não quer correr o risco de sofrer punições por dirigir embriagado deve considerar que a dose segura equivale a duas latinhas ou duas garrafas de até 350 ml.

Vale lembrar que muitas marcas realmente não possuem nenhuma porcentagem de álcool na composição, como Itaipava 0,0% e Brahma 0,0%. Já a Heineken 0.0 tem teor alcoólico de 0,03%.

Teste do bafômetro e penalidades

O teste do bafômetro pode ser solicitado pela autoridade de trânsito durante uma blitz ou em caso de acidente. Ele consiste em soprar um bocal descartável até a emissão de um sinal sonoro, que indica que o ar expelido foi suficiente para a análise. Em seguida, o equipamento exibe a concentração de álcool por litro de “ar alveolar”, que deve ser inferior a 0,04 mg/l.

Dirigir embriagado é uma infração gravíssima, com multa prevista de R$ 2.934,70 (valor dobrado em caso de reincidência), além de sete pontos na CNH. O condutor também perde o direito de dirigir pelo prazo de 12 meses e pode ter o veículo apreendido se não houver outra pessoa habilitada para conduzi-lo.

A lei permite ao motorista recusar o teste do bafômetro, mas ele sofrerá as mesmas penalidades de alguém que estava comprovadamente embriagado. Por outro lado, ele ganha o direito de entrar com recurso na junta administrativa e a suspensão da habilitação só ocorre após esgotadas as oportunidades de recurso.

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