Airbags falsificados se espalham pela internet e acumulam vítimas fatais

Reportagem revela que equipamentos de segurança falsificados estariam explodindo após os acidentes e provocando danos graves.

Um caso recente que veio a público por meio de uma reportagem do jornal norte-americano Wall Street Journal levantou preocupações a respeito da segurança oferecida pelos airbags. Segundo a publicação, airbags falsificados foram responsáveis por ferimentos graves ou morte de ao menos cinco pessoas no último ano.

Vendidos por preços bem mais baixos que os originais na internet, os dispositivos explodiram após acidentes e acabaram arremessando pedaços de metal e plástico em direção aos ocupantes dos carros. Após os registros, as autoridades começaram a enxergar com mais clareza o risco oferecido por produtos paralelos.

Foto: Caito/Shutterstock

Airbags falsificados e seu potencial de risco

As ocorrências com vítimas de airbags não originais têm se tornado cada vez mais comuns na esteira da pressão das montadoras para que os revendedores sinalizem a validade de peças de substituição. Em 2023, cinco pessoas tiveram ferimentos graves após utilizarem componentes falsificados nos Estados Unidos.

Destiny Byassee, de 22 anos, foi uma das vítimas. Após um acidente com o acionamento do airbag, pedaços de metal e plástico foram arremessados contra seu pescoço e resultaram em cortes profundos. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O caso despertou a atenção do governo norte-americano, que estuda um possível recall de 50 milhões de veículos que utilizam os airbags defeituosos da ARC Automotive.
O problema é a dificuldade para identificar produtos não originais.

A boa notícia é que o preço, quase sempre mais baixo que o dos itens verdadeiros, é um forte indicativo das falsificações. Enquanto os airbags originais são vendidos por cerca de US$ 1.000 (R$ 5.512), os falsificados saem por volta de US$ 100 (R$ 552), uma diferença bem grande.

Para proteger os ocupantes, os infladores realizam uma explosão controlada que libera uma substância química, responsável por inflar o saco. Já os produtos paralelos podem conter misturas químicas inadequadas ou módulos de insuflação defeituosos que podem explodir de maneira descontrolada.

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