Carros ‘dedo-duro’ podem multar motorista automaticamente?

Carros da CET ainda não multam automaticamente, mas aguardam uma regulamentação que pode alterar esse cenário em breve.

Nas movimentadas ruas de São Paulo, a presença dos carros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) equipados com câmeras no teto já faz parte do cotidiano. Chamados de ‘carros dedo-duro‘, esses veículos geram incertezas entre os motoristas que estacionam em vagas de Zona Azul.

Afinal, os automóveis da CET podem multar o condutor automaticamente?

Atualmente, esses carros são capazes de capturar imagens das placas dos veículos e verificar, com o auxílio de GPS, se o Cartão Azul Digital (CAD) está em uso ou se o tempo permitido foi ultrapassado.

Contudo, a aplicação da multa ainda depende da ação de um agente de trânsito, que pode se basear nas imagens fornecidas pelo sistema.

Regulamentação travada

Há mais de um ano, a regulamentação para que esses veículos possam multar automaticamente está em análise pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A proposta com os requisitos mínimos para a aplicação automatizada das multas foi disponibilizada para consulta pública e permanece em avaliação.

Porém, não há data definida para a conclusão do processo, e enquanto isso não acontece, a CET continua operando os carros ‘dedo-duro’ da mesma forma.

As infrações são detectadas e enviadas para os agentes, que fazem a confirmação da autuação. A companhia reforça que “as autuações não são realizadas automaticamente” e ainda necessitam de validação humana.

O que esperar após a regulamentação?

Caso a regulamentação seja aprovada, as autuações poderão ser feitas de maneira totalmente automatizada.

As câmeras dos veículos, juntamente com pontos fixos, vão verificar a placa, localização e tempo de permanência com precisão garantida por GPS e OCR, o que eliminará a necessidade de intervenção humana.

A tecnologia exigirá o registro de duas imagens do veículo com um intervalo mínimo de 15 minutos, comprovando a infração. Informações detalhadas, como data, hora, local e sinalização de trânsito, serão capturadas para garantir a precisão.

Por enquanto, São Paulo segue sem automatização, mas a pressão pela regulamentação é crescente.

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