Mito de manutenção: preciso mesmo trocar peças do carro por quilometragem?
Especialista Boris Feldman destaca a necessidade de atenção com a verdadeira condição das peças automotivas antes da troca.
Em recente debate sobre manutenção automotiva, Boris Feldman, renomado especialista no setor, abordou a polêmica da troca de peças como amortecedores, velas e catalisadores. Ele esclareceu equívocos populares, ressaltando que não há regra fixa para substituições aos 40 mil km.
Em coluna do portal CNN Brasil, Feldman atribuiu o mito da troca por quilometragem à campanha de marketing da Cofap, uma antiga fabricante de amortecedores que disseminou a ideia de troca obrigatória após os 40 mil km rodados.
Segundo ele, essa prática apelidada de “empurroterapia” muitas vezes leva à substituição desnecessária das peças dos veículos, sem considerar seu uso real ou a situação financeira do proprietário.
O especialista enfatizou a importância de manutenções preventivas com base no estado atual dos componentes e destacou que a revisão dos amortecedores deve ser feita a cada 10 mil km, sem pressa para a troca, desde que estejam em bom estado.
Substituição de peças: quando realmente é necessária?
De acordo com Feldman, o padrão de 40 mil km também não deve ser aplicado a outros itens do carro, como cabos de vela e catalisadores.
Ele sugere que cabos de vela só devem ser trocados quando apresentam falhas e que catalisadores modernos têm durabilidade de até 160 mil km.
Consciência contra práticas abusivas
- Verifique a condição dos amortecedores a cada 10 mil km.
- Cabos de vela devem ser substituídos apenas ao apresentar defeitos.
- Catalisadores atuais podem durar até 160 mil km, mas é importante ficar de olho.
O alerta de Feldman foca na conscientização contra práticas abusivas em oficinas, que, segundo ele, tendem a empurrar trocas desnecessárias com base apenas na quilometragem.
O especialista incentiva a busca por orientações técnicas confiáveis em vez de confiar cegamente em conselhos padronizados.
Com a abordagem cautelosa sugerida pelo especialista, proprietários de veículos podem realizar manutenções mais seguras e econômicas, evitando gastos desnecessários e valorizando a durabilidade das peças em condições reais de uso.
*Com informações da CNN.