Quanto realmente ganha um motorista de aplicativo trabalhando 54 horas por semana

Saiba quanto realmente ganha um motorista de aplicativo em Goiânia.

Um estudo inovador da fintech Gigu revela os ganhos, custos e desafios enfrentados por motoristas de aplicativo na capital goiana.

Com base em dados detalhados sobre despesas, tempo de trabalho e margem de lucro, a análise oferece uma visão completa da sustentabilidade financeira da atividade, até hoje pouco transparente devido à falta de informações divulgadas pelas plataformas.

Fintech cria jogo para treinar motoristas e otimizar ganhos

Para ajudar motoristas a tomarem decisões mais inteligentes, a Gigu desenvolveu o jogo gratuito “Vida de Motorista”. A experiência online simula o dia a dia de Carlinhos, um motorista de 25 anos em São Paulo, desafiando o jogador a escolher corridas com base em distância, valor e destino. O objetivo é terminar o dia com lucro, refletindo os dilemas enfrentados por profissionais da mobilidade urbana.

Segundo Pedro Inada, co-CEO da Gigu:

“O jogo ajuda a ilustrar, de forma simples e acessível, os desafios que os motoristas enfrentam a cada minuto do dia, mostrando que o que parece fácil na prática exige estratégia e atenção constantes.”

Ganhos e despesas médias em Goiânia

Com base nos dados coletados, motoristas de aplicativo em Goiânia faturam, em média, R$ 6.500 por mês, mas enfrentam custos operacionais de cerca de R$ 3.500. Isso resulta em um lucro líquido médio de R$ 13,41 por hora, considerando uma jornada semanal de 54 horas.

Os gastos incluem:

  • Combustível: R$ 1.900/mês;
  • Frota própria: 73,86% dos motoristas;
  • Veículo alugado: 26,14%, com custos mais altos e menor margem de lucro.

Perfil dos motoristas de aplicativo no Brasil

Pesquisa nacional de maio de 2025 mostrou que:

  • 70% dependem exclusivamente das plataformas como fonte principal de renda;
  • 50% trabalham mais de 9 horas por dia;
  • Mais de 80% não têm proteção previdenciária;
  • 38% não possuem plano de saúde;
  • 67% estão endividados.

Esses números reforçam a vulnerabilidade de uma categoria essencial à mobilidade urbana, mas sem garantias básicas.

Transparência e autonomia: o papel da Gigu

Para Luiz Gustavo Neves, cofundador e CEO da Gigu:

“Esses dados são preciosos porque ajudam a entender o que acontece por trás do volante. A Uber e outras plataformas não divulgam esses números, o que deixa motoristas no escuro. A Gigu se propõe a mudar isso — oferecendo ferramentas que ajudam os profissionais a tomar decisões com mais autonomia e inteligência sobre quando e quanto vale a pena trabalhar.”

A combinação de análise de dados e gamificação do dia a dia dos motoristas representa um passo importante para a valorização e a profissionalização de um setor fundamental para a mobilidade urbana brasileira.

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