Oportunidade única: BYD oferece desconto de até R$ 68,9 mil na picape Shark
BYD Shark aposta em preços competitivos e tecnologia híbrida para desafiar picapes tradicionais.
Um ano depois de estrear no Brasil, a BYD decidiu virar o jogo com a Shark. A montadora lançou uma ofensiva de preços que sacudiu o segmento das picapes médias, tradicional reduto dos motores a diesel
O objetivo é simples: convencer o público de que potência e economia também cabem em um híbrido plug-in.
As reduções ultrapassam o padrão do mercado e sinalizam uma tentativa clara de reanimar as vendas iniciais, que ficaram aquém do esperado. A estratégia também reforça o posicionamento da marca no país, ampliando o alcance de uma tecnologia ainda vista como novidade entre os motoristas de trabalho e lazer.
Mesmo assim, o desafio é enorme. A Shark enfrenta concorrentes de peso como a Toyota Hilux e precisa provar que pode combinar força, eficiência e inovação em um pacote que faça o brasileiro reconsiderar o que entende por picape robusta.
Estratégia de preço e cenário de vendas
O preço oficial permanece em R$ 379.800 desde a estreia, mas anúncios e lojas praticam cortes próximos de R$ 40 mil. Em São Paulo, uma concessionária listou a picape por R$ 310.890, diferença de R$ 68.910.
Com esse corte expressivo, a BYD posiciona a Shark contra versões turbodiesel das líderes do segmento.
Os números explicam a guinada. Em 2024, a BYD Shark somou 313 unidades; entre janeiro e setembro de 2025, acumulou 855 emplacamentos. Já a Toyota Hilux superou 36 mil no mesmo período. Nesse cenário, bônus e condições agressivas viram ferramenta de giro de estoque.
Como a rede atua
Concessionárias investem em ofertas combinadas, com valorização do usado e financiamento atrativo. Além disso, consultores enfatizam tecnologia, desempenho e custo operacional para reduzir a distância emocional em relação ao diesel. Por fim, campanhas destacam a proposta híbrida como alternativa moderna.
O que tem na BYD Shark
A BYD Shark combina um motor 1.5 turbo a gasolina de 183 cv e 26,5 kgfm a dois elétricos: dianteiro com 231 cv e 31,6 kgfm, e traseiro com 201 cv e 34,7 kgfm. Juntos, entregam 437 cv e 65 kgfm de torque.
Com 2.710 kg, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 s e atinge 160 km/h. Além disso, a tração integral ajustável adapta-se ao terreno e dialoga com modos específicos para uso fora de estrada.
A bateria de 29,6 kWh garante 57 km de alcance elétrico, conforme o Inmetro. Os dados oficiais indicam consumo de 9,5 km/l na cidade e 7,7 km/l na estrada. Ainda, a autonomia total pode chegar a 542 km em áreas urbanas e 439 km em rodovias, com tanque e bateria cheios.
Principais destaques técnicos
A BYD reforça atributos para convencer quem busca eficiência sem abrir mão de utilidade. Nesse sentido, o pacote inclui itens relevantes de uso profissional e familiar, como os modos Areia, Lama e Neve; estrutura monobloco e suspensões independentes; e capacidade de caçamba de 1.200 litros.

Foto: Divulgação/BYD
Dimensões, capacidade e equipamentos
O conjunto mede 5,45 m de comprimento, 1,97 m de largura e 1,92 m de altura, com entre-eixos de 3,26 m. A carga útil alcança 790 kg, enquanto o reboque com freio próprio chega a 2.500 kg. Assim, a proposta atende o uso misto.
Por dentro, a Shark entrega painel digital, central multimídia com tela giratória, ar-condicionado de duas zonas e câmeras 540°. Além disso, oferece chave presencial, bancos com revestimento premium e tomadas VTOL.
Em segurança, inclui seis airbags, ACC, frenagem autônoma, assistente de faixa e alerta de ponto cego.
Panorama de mercado
Enquanto a BYD amplia a vitrine da Shark, outros movimentos reforçam o interesse por eletrificação. O BYD Dolphin 2027, por exemplo, já foi registrado no Brasil. Além disso, a marca apresentou um modelo “diferentão” no Japão.
Os cortes próximos de R$ 70 mil colocam a BYD Shark em um patamar competitivo e podem destravar volume. Contudo, a preferência pelo diesel segue forte no segmento de picapes.
Assim, os próximos meses indicarão se preço, tecnologia e desempenho bastam para mudar a curva de vendas.
Se a estratégia converter testes em emplacamentos, a BYD ganhará tração no segmento de picapes médias. Caso contrário, a marca precisará recalibrar incentivos e comunicação para dialogar melhor com o público tradicional.