Amortecedores recondicionados são perigosos? Especialista expõe riscos e benefícios

A escolha entre amortecedores novos ou recondicionados tem sido tema de discussões acaloradas no setor automotivo. Especialistas destacam os riscos e benefícios associados a esta alternativa econômica.

Enquanto algumas peças de veículos, como freios e embreagens, podem ser recondicionadas com segurança, os amortecedores apresentam um caso mais complexo.

Mecânicos alertam que o recondicionamento inadequado pode comprometer a funcionalidade e a segurança do veículo, sendo uma opção a ser considerada com cautela.

Os riscos dos amortecedores recondicionados

Freio e embreagem podem ser recondicionados com segurança, porém, no caso dos amortecedores, a história é outra (Foto: Shutterstock)

A principal preocupação é que muitas oficinas não realizam o processo de recondicionamento de forma adequada. Substituir o óleo por um mais espesso e aplicar uma nova pintura externa não garante o funcionamento correto.

Neste caso, as fábricas não fornecem peças de reposição, dificultando um recondicionamento eficaz.

• Procedimentos inadequados

O método comum utilizado por oficinas envolve abrir o amortecedor, trocar o óleo e renovar a pintura externa. No entanto, esse procedimento não assegura a eficácia do componente. A falta de peças de reposição originais limita a qualidade do recondicionamento.

Quando considerar amortecedores recondicionados?

Apesar dos riscos, há casos específicos em que amortecedores recondicionados podem ser uma opção. Veículos importados, cuja produção cessou e que não possuem mais peças disponíveis no mercado, podem justificar essa escolha. No entanto, é essencial atentar-se ao custo.

Mas é importante ficar alerta: um recondicionamento de qualidade é caro. Se o preço do amortecedor recondicionado for inferior ao do original, desconfie. Produtos mais baratos podem comprometer a segurança do veículo, sendo uma falsa economia que traz riscos.

A escolha por amortecedores recondicionados demanda cautela e conhecimento. O consumidor deve avaliar se o custo-benefício justifica o investimento e se a peça atende às exigências de segurança necessárias.

A segurança do veículo deve ser sempre a prioridade, evitando soluções que possam comprometer sua integridade.