Disparou! O que aconteceu com os preços dos carros da Honda?

Valores um pouco mais altos são comuns em carros das tradicionais marcas japonesas, mas o aumento tem assustado consumidores.

As fabricantes de carros japonesas possuem uma ótima reputação histórica, o que lhes dá o poder de cobrar um pouco mais caro por seus modelos do que a maioria das concorrentes. Porém, os valores dos automóveis da Honda têm chocado o mercado nos últimos tempos.

A tabela da montadora vem passando por um processo que transformou a maioria da linha em produtos “premium”, com preços acima dos R$ 200 mil. As exceções são o City e o HR-V, carros de volume. Por outro lado, certos modelos ultrapassam os R$ 400 mil com facilidade.

Embora essa mudança seja inegável, a marca segue se posicionando como generalista, uma vez que os automóveis de luxo do grupo ficam sob responsabilidade da Acura. Com foco nos Estados Unidos, a empresa não tem operação no Brasil.

Mesmo o HR-V passou por reajustes “salgados” nas últimas semanas. O SUV, que tem filas de espera de 30 dias, está entre R$ 1,5 mil e R$ 4 mil mais caro, dependendo da versão. Além disso, o preço em algumas concessionárias fica até R$ 7 mil mais alto devido a uma espécie de “ágio” cobrado pelas lojas.

Para tentar amenizar o problema, a Honda anunciou planos de ampliar sua fábrica para aumentar a produção.

Lista de equipamentos generosa

Mudando para o SUV médio ZR-V, concorrente do Toyota Corolla Cross e do Jeep Compass, a conversa fica um pouco diferente. A estratégia da montadora para preencher o espaço em sua linha sem criar uma concorrência própria foi apostar apenas na versão de topo, que está repleta de equipamentos de série.

Por aqui, o ZR-V custa R$ 214.500, em comparação com as versões a partir de R$ 162 mil do rival da Toyota.

Outra decisão para a venda nacional do modelo, que nos Estados Unidos é o menor utilitário esportivo da Honda, é que ele serve de consolo para os fãs do Civic, assim como o Corolla Cross faz para os amantes do Corolla. Desde que começou a ser importado, o sedã só está disponível na versão híbrida.

Importação pesa nos preços

Quem também sente o peso dos impostos de importação são o Accord, sedã acima do Civic, e o CR-V, maior SUV da marca no país. Ambos entram apenas em versões híbridas e topo de linha para evitar os tributos, mas ainda assim custam entre R$ 332,4 mil e R$ 352,9 mil.

O Honda mais caro da história é o Civic Type R, que parte de R$ 429,9 mil. O valor é justificado pelo motor 2.0 16V turbo de 297 cv de potência, uma mecânica totalmente voltada para a performance.

Esse quadro de preços altíssimos sinaliza a fragilidade da operação da montadora japonesa no Brasil, que passa pela produção limitada e pela dificuldade em importar carros do México. Enquanto o cenário permanecer o mesmo, é provável que a marca continue apostando nas versões mais caras de seus modelos.

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