Duas marcas novas no mercado revoltam grupo de concessionários de carros

Concessionários norte-americanos estão insatisfeitos com as políticas de duas marcas e ameaçam levar a questão à Justiça.

No Brasil e em boa parte do mundo, os revendedores de veículos atuam como intermediários entre as montadoras e os compradores, facilitando o negócio. Porém, ao contrário do que possa parecer, a relação com os primeiros nem sempre é fácil, especialmente em meio a um período de eletrificação.

A situação chegou a um ponto crítico nos Estados Unidos, onde um grupo de concessionários de automóveis está insatisfeito com a postura adotada por duas marcas recém-chegadas ao mercado. Assim como a Tesla, Scout e Sony Afeela pretendem eliminar o intermediário.

As responsáveis pelas marcas, o Grupo Volkswagen e a joint venture Sony Honda Mobility, receberam um comunicado da Automotive Trade Association, associação que reúne 21 entidades metropolitanas em 50 estados. Segundo o portal Auto News, o documento cita as preocupações do grupo de revendedores em relação às políticas das novas fabricantes.

Venda direta ao consumidor

As empresas pretendem vender seus produtos diretamente aos clientes, sem passar pelos concessionários, seguindo o exemplo de montadoras como Tesla, Rivian e Lucid.Os representantes dos intermediários afirmam que as leis estaduais proíbem companhias direta ou indiretamente afiliadas a montadoras estabelecidas de comercializar veículos novos sem o uso de revendedores na maior parte do país.

O comunicado também sugere que o grupo está pronto para questionar na Justiça a decisão das duas marcas de vender seus veículos diretamente aos consumidores. “Para evitar possíveis desafios legais em todo o país e garantir total conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis, o caminho mais seguro para o sucesso de vendas é por meio de revendedores franqueados”, afirma a associação.

A Scout e a Sony Honda Mobility ainda não revelaram detalhes sobre seus planos de distribuição, o que acendeu o alerta para os revendedores. Há preocupações de que elas sigam o exemplo de Tesla, Rivian e Lucid, que contestaram as leis que impediam a venda direta de carros sem intermediários e venceram na maioria dos estados norte-americanos.

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