Falta força! Nova gasolina com mais etanol faz motos falharem durante teste
Testes com a gasolina E30 apontam falhas em motocicletas, mas não impedem sua adoção comercial no Brasil.
Recentes testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) revelaram falhas em diversos modelos de motocicletas ao utilizar a nova gasolina E30. Este combustível, que contém maior teor de etanol, tem sido objeto de estudo devido ao seu potencial impacto ambiental.
Durante as avaliações, algumas motocicletas apresentaram problemas na partida a frio. A Abraciclo, entidade representativa dos fabricantes, destacou esses problemas como “pontos de atenção” e planeja continuar monitorando os testes.
Apesar das falhas, o Instituto Mauá insiste em que elas não são um impeditivo para a adoção do E30.
O que é a gasolina E30?
A gasolina E30 é composta por 30% de etanol, um aumento em relação ao teor atual de 27%. Especialistas explicam que o etanol possui um poder calorífico inferior ao da gasolina, exigindo mais esforço do motor, especialmente em climas frios.
Essa característica pode resultar em menor autonomia para veículos flex, mas traz benefícios ambientais. O etanol queima, gerando menos monóxido de carbono e óxido de nitrogênio, promovendo uma redução significativa nas emissões de gases poluentes.
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- Avaliação e supervisão
O Ministério de Minas e Energia aprovou o uso do E30 e está supervisionando os testes. Caso os resultados sejam positivos, a gasolina E30 será implementada em todo o Brasil.
A intenção é diminuir a dependência de gasolina importada e reduzir as emissões de poluentes.
Posicionamento da Abraciclo
A Abraciclo apoia o uso de biocombustíveis, destacando o papel do Brasil no desenvolvimento de motocicletas flex fuel.
A associação está comprometida em garantir a segurança e o funcionamento adequado das motos, continuando a observar de perto os resultados dos testes conduzidos pelo IMT.
Dito isso, a introdução da gasolina E30 no mercado brasileiro avança, apesar das falhas iniciais em determinadas motocicletas.
Por fim, vale frisar que, apesar dos problemas, os benefícios ambientais e econômicos são vistos como promissores, incentivando a continuidade dos estudos e ajustes necessários para sua adoção bem-sucedida.