Mercedes abandona sedã grande 1.0, mas não é o adeus que você pensa
Marca alemã desiste das tentativas de usar um motor a gasolina para recarregar a bateria sob demanda.
A Mercedes abandonou os planos de incluir um motor a gasolina no sedã EQS. Não é o que você está pensando: a ideia não era fazer um carro a combustão com a plataforma dedicada a carros elétricos, e sim utilizar o propulsor como gerador para recarregar a bateria sob demanda.
Um suposto relatório recente da montadora mostra que os testes de um protótipo realizados com um pequeno extensor de autonomia 1.0 turbo foram suspensos. Em uma matéria sobre o assunto, o portal Autocar cita uma fonte interna que afirma que a montadora de luxo parou de desenvolver elétricos com extensor de autonomia, considerada uma “tecnologia de transição”. Segundo essa fonte, a Mercedes considera o recurso caro e de benefício limitado.
Mercedes desiste de motor a gasolina
Supostamente, o EQS receberia uma versão de dois cilindros do motor de quatro cilindros “M254”, com o escapamento na parte dianteira. Um segundo motor elétrico com 270 cv, montado na traseira, ficaria responsável pela propulsão, sendo capaz de extrair energia de uma bateria de íons de lítio colocada no assoalho do carro.
É provável que o pequeno propulsor de combustão interna não tenha tornado o projeto menos prático, levando em conta que o EQS não é equipado com porta-malas na frente. Porém, incluir o componente e um pequeno tanque de combustível deixaria o carro, que já é pesado, ainda mais pesado. O modelo tem cerca de 2.538 kg.
Outro problema para a Mercedes seria o preço. O extensor de autonomia aumentaria o valor do modelo, que hoje está na faixa dos US$ 104.400 (cerca de R$ 549 mil) na versão de entrada.
Vale mencionar que a montadora fechou uma parceria com a Geely para desenvolver trens de força híbridos, gigante automotivo da China que possui extensores de autonomia em seu portfólio. O negócio prevê que a Volvo, que pertence à Geely, também poderá usar os motores.