Não trocar o disco de freio junto com a pastilha pode ser um erro perigoso
Erro comum no momento da manutenção, instalar pastilhas novas em discos velhos ameaça a segurança do veículo.
Na tentativa de economizar com a manutenção do carro, alguns proprietários optam por substituir apenas a pastilha de freio e deixar o disco antigo. Esse é um erro perigoso, já que o primeiro componente deve sempre atuar em conjunto com um disco totalmente plano, seja ele retificado ou usinado.
Um disco de freio novo ou retificado garante o correto e total assentamento das pastilhas novas por um intervalo entre trezentos e quinhentos quilômetros rodados. Contudo, se ele apresentar rebarbas na extremidade, significa que foi utilizado até alcançar um alto grau de desgaste e, consequentemente, não oferece mais a segurança adequada. Em geral, essa rebarba de material desgastado se forma a partir de 20 ou 30 mil quilômetros.
Outra característica do disco desgastado é a própria superfície, que não fica totalmente plana e apresenta sulcos ou ranhuras na área de contato com a pastilha. Essas irregularidades impedem o correto assentamento da pastilha nova porque a área de contato fica menor, o que resulta em problemas.
Uma das consequências é o ruído irritante ao se pisar no freio. Além disso, se o disco está empenado, o motorista pode sentir insegurança ao acionar o sistema de freio, causada pela sensação de pedal ‘borrachudo’, o que também compromete a segurança do veículo.
Retífica ou usinagem do disco de freio
Foto: Shutterstock
Muitos motoristas optam pela retífica ou usinagem para corrigir os problemas sem precisar desembolsar dinheiro com a troca da peça. Ao passar por esse processo, o disco volta a ter uma superfície plana, ideal para acomodar as pastilhas novas.
Porém, existe uma espessura mínima estabelecida pelo fabricante, geralmente indicada no próprio componente, para garantir seu uso seguro. Se após a retífica, a espessura ficar abaixo do mínimo, ele não deve ser reinstalado no veículo de forma alguma.
Quando o carro trabalha com menos material do que o recomendado, os freios podem superaquecer e perder a eficiência de frenagem devido ao excesso de calor. Em uma situação de esforço como essa, pode haver empenamento, trincas e até a completa queda do disco.
Assim, a recomendação é não economizar quando o assunto é segurança. Se o disco de freio chegou ao limite do desgaste, opte pela troca.