Os mecânicos adoram quem comete um destes 5 erros com a embreagem
Erros comuns praticados pelos motoristas podem reduzir bastante a vida de um dos componentes mais importantes do carro.
A embreagem é um dos componentes mais importantes de qualquer carro, sendo ela o mecanismo responsável por transferir a força para a caixa de câmbio. Basicamente, o item serve como intermediário entre o motor e a transmissão do veículo, atuando durante as trocas de marcha.
Considerando a importância da peça em qualquer automóvel, é importante realizar uma manutenção periódica para garantir seu bom funcionamento. Em geral, a vida útil da embreagem é de 60 mil quilômetros, mas esse prazo pode ser abreviado para quem adota certos comportamentos.
Um dos principais sinais de que o componente precisa ser trocado é a sensação do carro “patinar” ao trocar de marchas. Outro indício é o cheiro de queimado que vem após esse processo. Por outro lado, quem cuida bem da transmissão pode aumentar sua duração.
5 erros que reduzem a vida útil da embreagem
Existem algumas práticas que reduzem o tempo de duração da embreagem e devem ser evitadas a todo custo pelo condutor que não quer gastar dinheiro demais na oficina mecânica. Conheça cinco delas.
1. Manter o pé no pedal ao parar
Um costume de muitos condutores é deixar o carro engatado em situações como paradas de semáforo. Além de afetar os componentes da embreagem, essa prática pode causar acidentes caso o carro avance por qualquer motivo, como uma distração momentânea.
“O material de atrito, em si, não sofre nesse caso, mas há um componente chamado colar de embreagem, que é um rolamento que empurra as molas do sistema e funciona sempre que pisamos no pedal. Manter o pedal pressionado gera uma carga desnecessária sobre ele e pode abreviar sua vida útil”, explica Almiro Moraes Júnior, membro da Comissão Técnica de Transmissões e do Simpósio Powertrain da SAE Brasil.
2. Deixar o pé apoiado
Rodar com o pé apoiado no pedal mesmo quando há uma área de apoio no veículo é um hábito bem comum entre os motoristas. Embora a força exercida seja relativamente pequena, o componente tende a sofrer um desgaste maior, principalmente por conta do superaquecimento.
Isso faz com que a embreagem fique em um ponto no qual não está nem acoplada, nem desacoplada. Ela superaquece nessa condição, o que aumenta o desgaste”, diz Júnior.
3. ‘Segurar’ o veículo na subida
Uma solução comum dos condutores para manter o carro parado em um aclive é segurar o veículo na embreagem, deixando o pedal da esquerda em um ponto de equilíbrio entre o acoplamento e o desacoplamento. Esse comportamento causa o superaquecimento do item, abreviando sua vida útil.
Para quem não sabe soltar rapidamente o pedal de freio e já acelerar, a dica é usar o freio de mão para impedir que o automóvel ande para trás.
4. Excesso de carga
O quarto item da lista está relacionado ao peso. Quanto mais carga o veículo levar, mais trabalho será exigido da embreagem. Ao exceder o limite de peso indicado no manual do proprietário, o desgaste aumenta para além do previsto, uma vez que o item permanece mais tempo pressionado em uma posição intermediária.
5. Usar uma marcha errada
Sair do estacionamento em segunda ou “pular” uma marcha causa desgaste excessivo na transmissão. O primeiro “queima” a embreagem, e o segundo faz o componente trabalhar mais do que o necessário, considerando a grande diferença entre a rotação do motor e da transmissão.
O problema é quando se trocam marchas para uma que exigiria uma velocidade maior, já que a diferença de rotação entre motor e câmbio acaba causando um deslizamento maior da embreagem do que o ideal. Esse problema também ocorre quando se reduzem marchas pulando etapas ou quando se acelera demais antes de engatar, detalha o especialista.