Poucos sabem: esse aditivo simples pode salvar seu motor do diesel B15

Com a chegada do diesel B15, que traz 15% de biodiesel em sua composição, um novo desafio surgiu para donos de picapes, SUVs, caminhões e máquinas agrícolas.

Embora o combustível seja mais sustentável, ele exige cuidados redobrados para evitar falhas mecânicas caras, e o principal aliado nessa missão é o estabilizador de diesel.

Esse aditivo essencial vem ganhando destaque entre especialistas por sua capacidade de proteger o motor, evitar oxidação, controlar bactérias e manter a lubrificação adequada do sistema de injeção.

Por que o diesel B15 exige mais cuidados?

O biodiesel é altamente higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ar com facilidade. Esse processo forma água dentro do tanque e cria um ambiente ideal para a proliferação de micro-organismos e bactérias.

De acordo com o mecânico automotivo Júnior Alves, da oficina Eco Automotive, de Lorena (SP), “o combustível precisa ser tratado como um produto perecível.

Quando o diesel quente retorna ao tanque, ocorre condensação, e o biodiesel — 30 vezes mais higroscópico — acelera o processo”.

Essa contaminação reduz as propriedades do combustível, especialmente a lubrificação. E, como o sistema de injeção e a bomba de alta pressão dependem dessa lubrificação, o risco de quebra do motor aumenta consideravelmente.

Foto: Shutterstock

O papel do estabilizador de diesel

O estabilizador de diesel atua controlando a oxidação, evitando o crescimento de bactérias e preservando as propriedades químicas do combustível por mais tempo. Isso garante um funcionamento mais limpo e seguro, prevenindo falhas graves e custos elevados com reparos.

O aditivo mantém o diesel estável, protegendo contra o desgaste interno e reduzindo o risco de travar a bomba injetora, um dos componentes mais caros do sistema.

Produto de poucos reais pode prolongar a vida do seu motor a diesel (Foto: Shutterstock)

Quando e como usar o aditivo corretamente?

O uso do estabilizador de diesel varia conforme o perfil do motorista:

• Uso frequente: a cada três tanques cheios;
• Uso esporádico: em todo abastecimento, especialmente em veículos que ficam parados por longos períodos;
• Equipamentos estacionários (como geradores): sempre, pois o diesel armazenado se degrada com o tempo.

A proporção ideal geralmente é de 1 ml para cada litro de combustível, mas é fundamental conferir as instruções da embalagem do produto.

Quais marcas escolher?

As montadoras Volkswagen e Ford oferecem seus próprios aditivos homologados — o Almax e o Motorcraft, respectivamente. Para outras marcas, a recomendação é buscar fabricantes tradicionais e confiáveis no mercado.

Outra opção prática é abastecer com diesel aditivado, como o Petrobras Grid, que já possui estabilizantes e antioxidantes em sua fórmula.

O que o estabilizador realmente previne?

Com a introdução do diesel B15, muitos motores turbodiesel passaram a sofrer com pressões elevadas no sistema de injeção, aumentando o atrito e o risco de desgaste interno.

A falta de lubrificação pode gerar limalhas metálicas, que voltam ao tanque e causam oxidação e travamento da bomba.

Em modelos como a Toyota Hilux, o problema é ainda mais sério: se a bomba travar, a corrente de comando pode romper, danificando o cabeçote, pistões e virabrequim, uma manutenção que facilmente ultrapassa dezenas de milhares de reais.

Um pequeno investimento que evita grandes prejuízos

O uso do estabilizador de diesel é um cuidado simples, mas capaz de prolongar a vida útil do motor, preservar o desempenho e prevenir falhas dispendiosas.

Diante das exigências do diesel B15, ele deixou de ser um luxo e se tornou uma necessidade essencial para quem quer manter o veículo confiável e em perfeito funcionamento.