Quem leva a melhor e quem fica para trás com a ascensão da BYD e GWM no Brasil?
Veículos elétricos chineses chegam com preços mais baixos e desafiam concorrentes, que também agitam o mercado nos últimos meses, por conta dessa disputa.
As empresas chinesas BYD e GWM, ambas fabricantes de carros elétricos, estão chegando com tudo no mercado brasileiro. Aliás, o Brasil vive uma ‘onda’ de invasão de carros chineses nos últimos meses.
No caso específico de BYD e GWM, elas chamam a atenção por conta dos preços mais baixos em relação aos concorrentes. No entanto, ainda são valores altos e acima do padrão para a maioria dos brasileiros.
De todo modo, a chegada dos veículos importados por essas duas empresas causa um impacto nas outras empresas, inclusive nas montadoras de carros a combustão.
BYD e GWM podem forçar queda de preço
De acordo com muitos analistas, a chegada forte da BYD e da GWM ao mercado brasileiro vai forçar mudanças nos concorrentes. Assim, tanto as demais empresas que comercializam carros elétricos quanto as que vendem carros a combustão terão que baixar os preços.
Ainda assim, nem mesmo o aumento dos impostos para os veículos importados elétricos deverá gerar grande impacto. Isso porque as empresas poderão, no início, reduzir a margem de lucro.
Posteriormente, mais consolidadas no mercado brasileiro, construirão suas próprias fábricas no país. Consequentemente, poderá haver mais geração de emprego, algo extremamente positivo para a economia.
Outro ponto, e um efeito colateral, é que algumas empresas, como a WEG, vão crescer na bolsa de valores, por estarem ligadas ao ramo da tecnologia.
Por outro lado, há outras empresas que poderão perder espaço, como a Metal Leve. No caso, trata-se de uma empresa ligada aos motores a combustão, que estão perdendo cada vez mais espaço, embora de forma ainda lenta.
Além disso, as locadoras de veículos poderão sentir também o peso da depreciação do valor dos carros seminovos, em virtude da queda de preço forçada pelos chineses.
Estimativa de crescimento
A chegada dos carros elétricos e híbridos no mercado brasileiro parece ser irreversível. Inclusive, já há uma estimativa de que, até 2030, elétricos e híbridos vão representar 35% das vendas.
Por fim, a chegada da BYD e da GWM pode criar outro efeito colateral no país, neste caso, com relação à estrutura das cidades.
Afinal de contas, com o crescimento dos carros elétricos, também cresce a demanda por pontos de recarga. Isso deverá forçar o poder público a buscar novas alternativas.
Enfim, a BYD e a GWM estão entre as empresas que mais vendem carros elétricos. E os preços mais baixos vão, de fato, mexer com o mercado.