Trabalhadores da GM em São Caetano do Sul realizam greve

Além da falta de componentes eletrônicos, os funcionários da General Motors (GM) decidiram entrar em greve.

Após ficar paralisada por três meses em 2021, a fábrica da GM em São Caetano do Sul está no meio de outro impasse. Além da falta de componentes eletrônicos, os funcionários da General Motors (GM) decidiram entrar em greve.

De acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, após não chegarem a um acordo com a empresa sobre o reajuste salarial, os trabalhadores decidiram paralisar suas atividades. As reclamações dos metalúrgicos são sobre o pagamento de reajuste real de 5%. Esse valor deveria ser acrescido de 10,42% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até setembro.

Outra demanda é a correção do piso salarial, vale-alimentação entre R$ 500 e R$ 1.000, participação nos lucros e resultado e adiantamento de 13º salário. Segundo o sindicato, a empresa se ofereceu para reajustar o INPC, mas efetuando o pagamento apenas em fevereiro de 2022, sem retroatividade. Para compensar, a GM pagaria neste mês um abono de R$ 1 mil, proposta que não foi aceita pelos trabalhadores.

Uma reunião de três horas, realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) entre representantes dos trabalhadores e a montadora, foi encerrada sem acordo. O sindicato calcula que 4,1 mil trabalhadores aderiram à greve.

A paralisação deve continuar pelo menos até a próxima segunda-feira. Os empregados só aceitam retomar as negociações se a empresa garantir a renovação do direito à estabilidade no emprego para os metalúrgicos com doenças ocupacionais.

O atual acordo coletivo prevê esse benefício, mas a expectativa de validade era até 31 de agosto. Caso não ocorra um acerto, uma nova audiência deve ser realizada no TRT-2 na quarta-feira, 6.

A fábrica da GM em São Caetano do Sul é uma das principais do grupo. Lá são produzidos os modelos Spin, Tracker, Joy e Joy Plus. Mais de 750 veículos são construídos diariamente. A montadora afirma que busca o melhor acordo para todos.

A fábrica ficou parada há três meses por falta de componentes eletrônicos e para realizar obras que permitem a fabricação da nova Montana. Ela voltou a funcionar há um mês.

“A empresa espera que a situação seja resolvida o mais rápido possível, com um acordo viável e sustentável, e que as operações de nossa fábrica sejam totalmente normalizadas rapidamente”, disse ele em nota.

Os dirigentes sindicais se colocaram à disposição para negociar durante o fim de semana, mas nenhuma reunião foi marcada.

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