Você troca o óleo da moto a cada 1.000 km? Pare de jogar dinheiro fora!
A recomendação da troca do lubrificante a cada 1.000 km rodados deixou de valer com a modernização dos veículos.
A troca do óleo do motor é uma etapa essencial da manutenção preventiva de qualquer veículo, inclusive das motocicletas. Junto com os filtros, o fluido garante a correta lubrificação dos componentes do sistema e evita seu desgaste excessivo, prolongando a vida útil do bem.
No entanto, é comum encontrar pilotos que ainda utilizam os 1.000 km rodados como parâmetro para a substituição do óleo. Para a informação de quem ainda não sabe, esse intervalo já não é válido há algum tempo, e o motivo é a modernização da indústria automotiva.
É bem verdade que, antes dos anos 2000, a recomendação era trocar o lubrificante a cada 1.000 km em motos como as pequenas Honda CG 125. Para ser mais preciso, a indicação era a cada 1.500 km. Contudo, a tecnologia dos motores e dos próprios produtos avançou, o que aumentou esse intervalo.
A fabricante de óleos Lubrax explica que os modelos antigos utilizavam óleos minerais, mas hoje já existem opções sintéticas ou semissintéticas, que possuem menos impurezas e duram mais tempo.
Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, o que permite um maior controle em sua fabricação. Isso faz com que o produto final seja mais puro.
Os óleos semissintéticos ou de base sintética têm uma mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, além de associar a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem um custo muito elevado, explica a Lubrax.
Intervalo para troca de óleo da moto
A partir desses avanços ocorridos nas últimas décadas, a troca preventiva do óleo da moto pode ocorrer a cada 5.000 km ou 6.000 km rodados, dependendo da intensidade de uso do veículo. Ainda assim, é interessante realizar a primeira substituição após 1.000 km, deixando para aumentar o intervalo após a segunda.
A dica de espaçar mais as trocas do lubrificante do motor não é aplicável aos motoristas que trafegam em condições atípicas, como estradas muito sujas, onde a sujeira e os detritos podem entrar no motor e contaminar o fluido. Da mesma forma, ela não é adequada para aqueles que percorrem distâncias muito longas ou muito curtas.
Os que rodam centenas de quilômetros todos os dias podem, sim, adotar prazos um pouco mais esticados, mas devem ficar mais atentos para não alongar tanto esse tempo. A recomendação é a mesma para pilotos que usam a moto somente em percursos muito curtos, em que o veículo nem atinge a temperatura ideal de funcionamento.