5 motores 3 cilindros viram dor de cabeça antes dos 50 mil km – e não é só culpa do óleo

Problemas em motores de três cilindros afetam proprietários no Brasil, revelando falhas graves antes dos 50 mil km, gerando custos elevados.

Nos últimos anos, os motores 3 cilindros dominaram o mercado automotivo brasileiro, prometendo baixo consumo de combustível, desempenho satisfatório e tecnologia acessível.

Essa combinação os transformou em protagonistas de carros compactos e SUVs de entrada, conquistando milhões de consumidores.

No entanto, o que parecia a fórmula perfeita para economia e eficiência acabou se revelando um problema para milhares de motoristas.

Antes mesmo de atingir 50 mil km rodados, alguns desses propulsores apresentam falhas sérias, desde consumo anormal de óleo até quebras prematuras, gerando prejuízos altos e dores de cabeça constantes.

5 motores 3 cilindros que podem dar prejuízo precoce

A seguir, confira os motores que mais acumulam reclamações e entenda por que é preciso ter atenção redobrada ao considerar a compra de um carro usado equipado com eles:

1. GM 1.0 – da popularidade ao pesadelo inesperado

Foto: Divulgação

Presente em modelos como Onix, Prisma e Tracker, o motor 1.0 da General Motors se tornou líder de vendas rapidamente. Porém, o uso de correia dentada banhada em óleo transformou a promessa de durabilidade em risco de quebra precoce.

Com a degradação da correia, resíduos entopem o pescador da bomba de óleo, resultando em queda de pressão de lubrificação e até fundição do motor sem aviso.

Outro ponto frágil é a bomba de vácuo em baquelite, que não suporta altas temperaturas, comprometendo o sistema de freios.

2. Ford 1.0 Ti-VCT – o famoso “trimilique”

Foto: Divulgação

No Ford Ka, esse motor ganhou fama pelo apelido dado nas oficinas: o “trimilique”. As vibrações excessivas não apenas incomodam os motoristas, como também provocam desgaste no chicote elétrico, bobinas e corpo de borboleta, além de problemas na bateria.

Para piorar, o uso de óleo fora da especificação acelera a deterioração interna, tornando a manutenção ainda mais cara.

3. Fiat Firefly 1.0 – nem tão confiável assim

Foto: Divulgação

Equipando Mobi, Uno e Argo, o Firefly parecia robusto por usar corrente de comando. Mas o projeto reserva armadilhas: basta girar o motor no sentido errado durante a manutenção para a corrente sair do ponto, exigindo reparo complexo.

Problemas recorrentes na bomba d’água causam mistura de óleo e água, confundindo diagnósticos. Além disso, os coxims frágeis elevam os custos de manutenção.

4. Renault SCe 1.0 – barulho e consumo de óleo

Foto: Divulgação

Presente em Kwid, Sandero e Logan, o SCe 1.0 sofre com desgaste precoce do comando de válvulas, gerando ruídos metálicos até em carros com menos de 30 mil km.

Além disso, apresenta consumo excessivo de óleo, vazamentos na tampa de válvulas e falhas frequentes nas bobinas.

5. PureTech 1.2 – sofisticação que cobra caro

Foto: Divulgação

Presente em modelos da Peugeot e Citroën, como 208, C3 e 2008, o PureTech 1.2 também utiliza a polêmica correia dentada banhada em óleo, que se degrada rapidamente.

Quando o sistema entope, o risco de fundição do motor é alto. A substituição é complexa e exige oficinas especializadas, qualquer erro pode resultar em um motor totalmente fora de ponto.

Compensa arriscar?

Antes de comprar um carro usado com motor 3 cilindros, é essencial pesquisar bem. Verifique o histórico de manutenção, converse com mecânicos de confiança e avalie os custos de eventuais reparos.

Afinal, a economia prometida no posto pode se transformar em altos gastos na oficina. No fim, a verdadeira economia está em escolher um motor que una eficiência e durabilidade, sem abrir espaço para surpresas desagradáveis.

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