Gel viscoso no motor pode ser culpa do uso prolongado de etanol no carro?
Descubra se isso é verdade ou não passa de mito para assustar motoristas.
Motoristas já escutaram a história de que o uso prolongado de etanol prejudica o motor do carro. O que mais se ouve por aí é que um gel viscoso se forma nas partes internas do equipamento. Mas será que isso é verdade ou tudo não passa de mito?
O etanol é um dos combustíveis campeões de preferência dos motoristas com carro de tecnologia flex. Mas, apesar da fama, ainda existem dúvidas sobre o verdadeiro impacto deste combustível no veículo, sobretudo em razão desse misterioso gel que se forma no motor.
Usar etanol cria um gel no motor?
Caso utilize etanol de boa qualidade no motor do veículo, não há risco de contaminação por esse gel dentro do propulsor do carro. Por outro lado, se o álcool utilizado para abastecer for de má qualidade, o gel pode se formar.
O gel surge devido ao hidróxido de alumínio, substância que aparece no motor do carro quando o combustível sofre corrosão proveniente de bombas velhas e danificadas de postos de combustíveis.
Esse problema, no entanto, costuma ser mais frequente em motores mais antigos, nos quais o sistema de carburador é inexistente.
Foto: Leonidas Santana/Shutterstock
Devo parar de abastecer com etanol?
Não tem como negar que o etanol possui menos lubrificação que a gasolina. Mas isso não deve ser motivo de preocupação. Segundo as montadoras, os veículos flex são projetados para trabalhar bem com etanol. Eles contam com recursos especiais contra oxidação, não sendo necessário alternar com gasolina para a lubrificação do sistema.
Além disso, o preço médio do etanol está mais favorável em comparação à gasolina, dependendo do estado. No Amapá, Mato Grosso, Piauí, Sergipe e Rondônia, por exemplo, abastecer com o combustível hidratado vale mais a pena do que com gasolina. O preço médio do combustível gira em torno de R$ 3,84 o litro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).