Aposentadoria? Jeep Avenger pode ocupar o lugar do Renegade no Brasil
Executiva do grupo Stellantis revela estudos para possível lançamento de novo SUV compacto no mercado nacional.
A Stellantis pode mudar sua estratégia e trazer o Jeep Avenger para o Brasil em breve. Segundo Emanuele Cappellano, CEO do grupo, há estudos em curso para lançar o SUV compacto como novo modelo de entrada da marca no mercado nacional.
Vendido na Europa desde 2023, o carro é um sucessor natural do Renegade, que não terá uma nova geração por aqui. A confirmação aumenta ainda mais os rumores de que ele também será substituído no país, aproveitando o investimento de R$ 14 bilhões anunciado pela empresa.
Parte desse valor será usada na fabricação da plataforma STLA Small, utilizada no Avenger, na fábrica de Betim (MG). A arquitetura é uma evolução da CMP, presente em modelos como o Peugeot 208 e o Citroën C3 Aircross.
Vale lembrar que o Avenger estava fora dos planos da Stellantis para o Brasil até o ano passado, justamente por conta do Renegade, considerando que o alto custo de adaptação das linhas e o desenvolvimento do modelo deixariam os preços parecidos.
Por outro lado, o fim do Renegade mudaria esse cenário. A importação do utilitário compacto, que não é uma possibilidade viável, uma vez que o gasto para importar o Avenger da Europa e o câmbio tornariam o modelo muito mais caro do que outros carros do mesmo segmento.
Jeep Avenger híbrido
O SUV compacto tem um visual bem diferente dos outros modelos da Jeep, exceto pela grade dianteira com sete fendas. Com cara de hatch mais robusto, ele mede 4,08 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,53 m de altura e 2,56 m de entre-eixos, um pouco menor que um Renegade. Já o porta-malas tem 380 litros, contra 320 litros do irmão.
O Avenger foi o primeiro elétrico fabricado pela montadora e o primeiro Jeep criado na Europa. Ele tem uma versão elétrica e também uma opção híbrida, além da configuração com motor 1.2 a gasolina.
Por aqui, o modelo deverá ser produzido sobre a plataforma Bio-Hybrid, com tecnologia mais simples. O conjunto terá apenas motores turbo (1.0 e 1.3), sem opção aspirada. O propulsor 1.3 turbo, inclusive, é um híbrido pleno (e-DCT) e candidato a ser o primeiro híbrido flex da Stellantis fabricado no Brasil.