Evite estas 5 estradas: elas estão entre as mais MORTAIS do Brasil

Relatório da CNT revela quais são as principais rodovias brasileiras com maior número de acidentes e mortes em 2024.

Em meio ao crescimento da frota nacional e à intensa movimentação de cargas e passageiros pelo país, as rodovias federais do Brasil enfrentam um desafio alarmante: o elevado número de acidentes graves e mortes no trânsito.

Um levantamento recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), com base em dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), revelou os trechos mais críticos do país, onde dirigir pode ser sinônimo de risco constante.

Segundo o Relatório CNT de Acidentes 2024, mais de 6 mil mortes ocorreram nas estradas federais ao longo do ano, com destaque para cinco rodovias que lideram em número de colisões fatais e acidentes com múltiplas vítimas.

Essas vias são pontos sensíveis da malha viária nacional, com alto fluxo de veículos pesados, má conservação e falhas estruturais.

Rodovias com mais mortes em 2024

A campeã de fatalidades é a BR-116, que liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Responsável por 13,3% das mortes nas rodovias federais, essa estrada registrou mais de 818 vítimas fatais ao longo do ano.

Em segundo lugar está a BR-101, que percorre o litoral brasileiro do Nordeste ao Sul, com 730 mortes (11,9%). Logo depois, aparece a BR-153, conhecida como Transbrasiliana, que cruza o país do Pará ao Rio Grande do Sul, com 270 vítimas (4,4%).

Completam a lista as rodovias BR-163, que liga o Rio Grande do Sul ao Pará, e a BR-316, que vai de Belém a Maceió — ambas também com altos índices de sinistros fatais.

Ranking das 5 estradas mais perigosas do Brasil (CNT 2024)

Confira abaixo o ranking das estradas que causam calafrios nos motoristas:

  • BR-116 – 13,3% das mortes (Ceará ao Rio Grande do Sul);
  • BR-101 – 11,9% (litoral do Nordeste ao Sul);
  • BR-153 – 4,4% (Pará ao Rio Grande do Sul);
  • BR-163 – 3,9% (Rio Grande do Sul ao Pará);
  • BR-316 – 3,6% (Belém a Maceió).

Causas e padrões dos acidentes mais letais

O relatório mostra que a batida frontal é o tipo de acidente mais frequente e fatal, sendo responsável por mais de 60% das mortes.

Entre os principais fatores estão a velocidade incompatível com a via, falha na tomada de decisão do condutor e reação ineficiente diante de obstáculos.

Outro dado preocupante: quase metade das mortes (48,5%) ocorre à noite, período de visibilidade reduzida e maior risco de imprudência. Os finais de semana concentram a maior parte das fatalidades, com 20% dos óbitos aos domingos e 18% aos sábados.

O impacto financeiro e social dos acidentes

O custo estimado dos acidentes nas rodovias federais brasileiras em 2024 ultrapassa R$ 16,1 bilhões, sendo R$ 6,1 bilhões apenas com acidentes fatais.

Esses números refletem não só o drama das perdas humanas, mas também o impacto na logística nacional, nos sistemas de saúde e na capacidade de resposta a emergências.

Tragédia recente escancara os riscos da BR-153

O relatório da CNT ganha ainda mais relevância diante de tragédias recentes, como a ocorrida no dia 16 de julho, em Porangatu (GO), na perigosa BR-153.

Um grave acidente envolvendo um caminhão, um micro-ônibus e dois ônibus matou cinco pessoas, incluindo estudantes que viajavam para o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia.

De acordo com a PRF, uma carreta invadiu a contramão e colidiu frontalmente com o primeiro ônibus, matando instantaneamente o motorista e três estudantes. O motorista do caminhão também morreu. O segundo ônibus chegou a ser atingido, mas não houve vítimas.

Acidente na BR-153 (Foto: Divulgação/PRF)

Diante desse cenário alarmante, especialistas e órgãos de trânsito apontam a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura, sinalização, fiscalização e educação no trânsito.

Também é fundamental adotar tecnologias de monitoramento e ações integradas entre estados, municípios e o governo federal para reverter esse quadro.

As estradas mais perigosas do Brasil não são apenas números em relatórios — elas representam uma ameaça real à vida de milhares de brasileiros que dependem das rodovias todos os dias.

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