Filho do 'divórcio' com Hyundai: novo carro nacional inédito da Caoa vem aí?

Montadora brasileira afirma ter planos para desenvolver um automóvel totalmente nacional para ampliar volume de vendas.

Após uma mudança drástica nos termos de sua parceria com a Hyundai, a Caoa tem planos ousados para os próximos anos. O “divórcio” terminou com a unificação das concessionárias das duas marcas e a cessão dos direitos de importação e distribuição para a operação da sul-coreana no Brasil.

Agora, o grupo brasileiro estuda o lançamento de uma nova marca de carros 100% nacional e a produção de um modelo exclusivo. As informações iniciais indicam que a marca já montou até uma equipe técnica para a criação do seu primeiro carro nacional, que ainda não tem previsão de lançamento.

Em entrevista ao jornalista Antônio Meira Jr., o presidente da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Filho, afirmou que existe a possibilidade de contratar uma empresa de engenharia terceirizada para apoiar a criação do novo carro. Ele também disse que a montadora, que hoje é particular, tem planos de abrir seu capital.

Para além disso, não há muitas informações disponíveis. Não se sabe, por exemplo, se o projeto será um automóvel ou um veículo comercial leve.

Nova marca nacional

E os planos não param por aí. Até 2030, a fabricante brasileira quer lançar uma nova marca de carros nacional para aproveitar o conhecimento adquirido nas últimas décadas de parcerias com a sul-coreana Hyundai e a chinesa Chery. Vale lembrar que a Caoa tem uma fábrica instalada em Anápolis (GO) e um time de engenharia local.

“Temos esse desejo, mas tudo ainda está em estágio embrionário, de estudos. Estamos analisando em que tipo de segmento queremos atuar, quais tipos de produto, qual a motorização… Então, é algo que não será para agora, mas sim daqui a alguns anos”, afirmou Oliveira Filho.

Segundo o executivo, seu pai “sempre defendeu que faltava ao Brasil um projeto de indústria automotiva genuinamente nacional”.

“Tudo caminha para que [o lançamento da nova marca] seja até o fim desta década”, completou.

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