Lanterna fosca ou cheia de água: é melhor recuperar ou comprar um conjunto novo?
Saiba como resolver infiltrações em faróis e lanternas, que podem ocorrer até durante a lavagem do veículo.
O carro tem diversas peças importantes para seu funcionamento, mas algumas são mais importantes para a segurança no trânsito. Um exemplo é o conjunto de luzes, que tem a função de aumentar a visibilidade do veículo para outros motoristas e transeuntes, além de sinalizar e iluminar o trajeto.
Devido a essa função, manter faróis e lanternas sempre bem conservados é indispensável para reduzir os riscos à segurança e evitar infrações.
A umidade é uma das grandes vilãs do conjunto óptico do carro, já que ele pode acumular água ou umidade a partir do processo chamado de condensação.
Gustavo Souza, gerente comercial do Grupo Arteb, explica os motivos:
“A condensação natural ocorre em dias com variação térmica acentuada – normalmente dias chuvosos –, mas o sistema de respiro consegue equilibrar a umidade interna quando o carro e os faróis entram em funcionamento”, disse em entrevista ao AutoEsporte.
Até mesmo uma lavagem é suficiente para fazer a água acumular, especialmente quando feita com bombas de alta pressão.
A concentração também ocorre “após a troca de lâmpadas, se a luva ou tampa não forem montadas adequadamente” e a partir de “falhas no sistema de vedação entre a cola e a carcaça dos faróis”, diz o especialista.
O gerente explica que as pequenas bolhas no item nem sempre são um defeito, já que a condensação é um processo natural. Por outro lado, o acúmulo de água indica dano e necessidade de substituição do equipamento.
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Como resolver o problema?
Vilmar Magnus, dono da GVP Acessórios Automotivos, explica que os faróis e lanternas podem ficar opacos devido ao ressecamento da cola de vedação ou às trincas que aparecem nas lentes ou nas carcaças. Outro motivo é a troca “das lâmpadas originais por luzes de LED” maiores ou mal colocadas.
O empresário recomenda a restauração da peça quando ela é original, desde que o defeito seja recente e a infiltração não tenha estragado a parte cromada.
Para um Renault Clio, por exemplo, a recuperação custa cerca de R$ 200 e um item novo original sai por volta de R$ 600. Magnus alerta apenas para o cuidado com equipamentos paralelos.
“O cliente acha que uma peça paralela é melhor do que uma recuperada, mas ele não imagina que, geralmente, farol paralelo não dá foco, não dá regulagem e sofre infiltração. Sempre compensa recuperar um original, se a avaria for recente. Se for peça paralela eu nem pego o serviço”, diz.
*Com informações do AutoEsporte.