Mito do mercado automotivo é derrubado; você ainda acredita?

Desvalorização acelerada do automóvel novo é uma preocupação dos motoristas que compram um zero-quilômetro.

A desvalorização acelerada do carro novo assim que ele sai da porta da concessionária é uma grande preocupação que leva muitos motoristas a desistirem de comprar um veículo zero-quilômetro. O problema é que esse não passa de um mito e, em alguns casos, está bem longe da realidade.

Há alguns anos que descer a rampa da concessionária deixou de ser sinônimo de perda de valor para muitos modelos, sobretudo os que estão no topo das listas de mais vendidos. Alguns veículos, inclusive, chegaram a ter valorização no último ano.

Desvalorização do carro novo

A Autoinforme divulgou um estudo sobre a depreciação de automóveis que mostra que certos modelos perdem pouco após um ano de uso, às vezes menos de 10% do valor pago. O Honda HR-V desvalorizou apenas 2,8% em 12 meses, a menor queda entre os 93 modelos analisados no levantamento entre setembro de 2022 e agosto de 2023.

Segundo Cássio Pagliarini, sócio da consultora Bright Consulting, a perda de um carro novo atualmente fica entre 13% e 15% do valor inicial no primeiro ano, caindo para 8% nos anos seguintes. No entanto, é preciso considerar alguns custos extras.

“A análise da Autoinforme considera apenas quanto o carro custava há um ano e por quanto esse mesmo modelo é vendido hoje. Já esses ‘20%’ incluem outros valores pagos pelo comprador, como seguro, IPVA, licenciamento, seguro. Ainda assim, a perda não chega a esse percentual. O aceitável para o primeiro ano – não primeiro dia -, contando tudo isso, é de 10% a 15%. No entanto, carros com baixo volume chegam a 25%”, explica Milad Kalume, diretor da Jato Informações Automotivas.

Os modelos a combustão vencedores da pesquisa da Autoinforme desvalorizaram entre 4,3% e 11,6% em 12 meses, exceto o HR-V e o Porsche Cayenne, que depreciaram apenas 2,8% e 3,5%, respectivamente.

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