Sedãs estão em queda livre: existe alguma razão oculta por trás disso?

Atualmente, os SUVs estão entre os veículos mais procurados do mercado nacional e ganham cada vez mais espaço.

Os carros sedãs estão em queda livre no mercado nacional, deacordo com dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuiçãodos Veículos Automotores). Nos últimos anos, os modelos SUV têm tomado contado mercado brasileiro entre os veículos novos.

Então, resta aos sedãs se reinventarem nos próximos tempos ou aceitar, de vez, o domínio dos SUVs. No momento, a queda tem sido grande, conforme mostram os números oficiais da Fenabrave.

Por exemplo, os sedãs compactos representavam 8,6% do mercado nacional em 2023. Já no primeiro bimestre de 2024, caíram para 7,8%. Os médios, por sua vez, representavam apenas 2,9% do mercado em 2023.

Montadora apostam mais no SUV e esquecem sedãs

A tendência de queda dos sedãs é tanta que as montadoras já estão apostando mais em SUVs, tanto nos maiores quanto nos mais compactos. Por exemplo, no segundo semestre deste ano, a Citroën lança o Basalt no mercado brasileiro, um SUV compacto que promete fazer sucesso entre os consumidores.

No caso da Volkswagen, que tem o luxuoso Jetta, a empresa só possui o GLI, uma versão mais esportiva que vem importada do México. No entanto, vem aumentando as apostas no Taos, um SUV que também tem feito concorrência com outras marcas nos últimos meses. Quanto ao Taos, com motor 1.5, é importado da Argentina.

Tem algumas marcas que, inclusive, abriram mão dos sedãs: é o caso da Hyundai, que está crescendo nos SUVs. O Elantra, um dos compactos mais populares, já saiu de cena e a empresa aposta no Palisade, um SUV que poderá ter lugar para até oito pessoas, praticamente uma minivan.

Para se ter uma ideia, os carros chamados utilitários esportivos já representam 47,5% das vendas de automóveis e comerciais leves, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave.

Característica das estradas é motivação

Um dos principais motivos para os clientes preferirem osSUVs aos sedãs nem tem tanto a ver com o design. No caso, tem mais a ver com acaracterística das nossas estradas no dia a dia.

Isso porque o Brasil sempre teve muitas rodovias complicadas,com buracos e sem asfalto. Por isso, os modelos SUV são mais adequados epreparados, ganhando, assim, grande preferência dos condutores.

Por fim, os sedãs ainda são os queridinhos de um determinado e seleto grupo de consumidores. E, provavelmente, não vão desaparecer totalmente, apenas ficarão mais reduzidos, já que as apostas das montadoras estão mesmo voltadas para outros estilos.

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