Vale a pena substituir óleo de motor sintético por mineral? Saiba a resposta
Evolução da indústria de lubrificantes deu origem a produtores de base sintética, mas será que os motores antigos os recebem bem?
A troca de óleo do motor é um dos passos indispensáveis na manutenção preventiva de qualquer veículo, devendo ser realizada sempre no prazo indicado pelo fabricante no manual do veículo. O que muitos proprietários ainda têm dúvidas é sobre como escolher o tipo de produto certo.
Com o avanço da tecnologia, os lubrificantes de origem mineral deixaram de ser a única opção para os motoristas e passaram a dividir espaço nas prateleiras com os fluidos sintéticos. Há quem diga que a troca é recomendável, enquanto outros preferem continuar usando o óleo mineral porque ele é mais acessível.
A verdade é que a escolha ideal é sempre o lubrificante recomendado pelo fabricante, uma vez que o produto escolhido é o mais adequado ao motor e aos componentes de cada veículo específico. Fugir do que indica o manual do carro pode afetar o desempenho e o consumo, além de reduzir a vida útil do sistema.
Óleo mineral ou sintético?
O óleo lubrificante pode ter base mineral ou sintética. A segunda opção é mais moderna e tem estrutura molecular mais homogênea, o que conserva suas propriedades por mais tempo.
Há anos, praticamente todos os carros novos saem de fábrica com o manual indicando o uso do produto sintético; por isso, a substituição do mineral pode ajudar a proteger o motor. Para garantir os benefícios, o fluido deve respeitar a viscosidade recomendada originalmente e ter classificação API igual ou superior.
Segundo Arley Barbosa, coordenador da Comissão Técnica de Lubrificantes da AEA, o contrário é impossível, ou seja, não se pode obter o mesmo desempenho de um óleo sintético com um mineral.Já em carros antigos, a troca não é possível, uma vez que o motor não foi projetado para trabalhar com produtos de multiviscosidade.
Vale mencionar que a substituição do lubrificante mineral pelo sintético não aumenta o prazo de troca indicado pela montadora. Por outro lado, o uso severo do veículo é um fator que reduz o intervalo entre as trocas.