Economista alerta: veículos elétricos podem ser o próximo grande fiasco
Economista renomado adverte sobre possíveis desafios no horizonte para a indústria de veículos elétricos.
Nos últimos tempos, as discussões em torno da viabilidade e da aceitação dos veículos elétricos (EVs) têm sido acaloradas. Vozes divergentes revisitam preocupações sobre a direção que a indústria automobilística está tomando.
Steve Moore, um renomado economista que fez parte da administração Trump, levantou recentemente uma bandeira vermelha. Ele comparou a atual corrida para os veículos elétricos ao fracasso do “Edsel” da Ford nos anos 1950.
A indústria automobilística e o desafio dos carros elétricos
Moore ecoou uma visão cética, afirmando que a indústria de veículos elétricos está prestes a enfrentar um destino similar devido à falta de demanda dos consumidores.
Citando a história do Edsel, ele enfatizou a importância de compreender as preferências do mercado antes de investir maciçamente em novas tecnologias.
Embora sua visão possa ser considerada contrária às atuais narrativas de sustentabilidade e inovação, os recentes desafios enfrentados pela Ford e pela General Motors fornecem alguma base para suas preocupações.
Ambas as gigantes automotivas, apesar de seus esforços agressivos em direção aos veículos elétricos, estão enfrentando dificuldades significativas.
A Ford, por exemplo, reportou perdas substanciais no último trimestre, o que levou a uma revisão de suas estratégias e investimentos planejados no mercado de veículos elétricos.
De maneira similar, a General Motors, embora não tenha registrado perdas, também enfrentou uma queda considerável em seus lucros devido ao aumento das despesas associadas aos veículos elétricos.
Imagem: Canva Pro / Reprodução
Moore destacou a lacuna entre os generosos incentivos governamentais e o aparente desinteresse dos consumidores.
Ele levantou a questão dos custos iminentes para os contribuintes, uma vez que os governos estão oferecendo subsídios substanciais para impulsionar a adoção de veículos elétricos, mesmo quando a demanda do mercado permanece insuficiente.
Citando a relutância dos compradores em optar pelos veículos elétricos, ele levantou a possibilidade de que os híbridos, que oferecem uma opção mais flexível entre gasolina e eletricidade, poderiam ser uma escolha mais sábia para as montadoras.
No entanto, diante das regulamentações governamentais cada vez mais restritivas, que favorecem exclusivamente os veículos elétricos, a capacidade das montadoras de optar por híbridos parece estar limitada.
Essas regulamentações podem acabar forçando as montadoras a apostar todas as fichas nos EVs, apesar das incertezas em torno de sua viabilidade de mercado.