Mudanças no exame toxicológico para CNH pega motoristas de surpresa

O Congresso Nacional aprovou recentemente importantes alterações na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) relacionadas ao exame toxicológico. Tradicionalmente exigido apenas para categorias específicas, o teste passará a ser necessário para todos os motoristas.

A mudança, aprovada em 29 de maio, afeta motoristas das categorias A e B, além das categorias C, D e E, que já estavam obrigados a realizar o teste.

Essa medida, aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado, ainda depende da sanção presidencial de Lula (PT) para entrar em vigor. Isso significa que ela ainda pode sofrer ajustes.

Com o novo regulamento, o exame se torna essencial para a emissão da permissão para dirigir, mas não será exigido na renovação da CNH das categorias A e B. Apenas os motoristas profissionais das outras categorias continuarão a precisar do exame também na renovação.

Quais drogas serão detectadas no exame toxicológico?

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O exame toxicológico se destaca por sua ampla janela de detecção, capaz de identificar diversas substâncias psicoativas utilizadas nos últimos 90 dias. As drogas mais frequentemente detectadas incluem:

• Anfetaminas;
• Canabinoides;
• Cocaína;
• Opiáceos;
• Mazindol;
• Ecstasy e similares.

Mesmo que o consumo das substâncias não seja recente ou frequente, o exame ainda consegue detectar contatos anteriores.

A coleta de amostras de cabelo, pelos ou unhas é usada para realizar o exame, que é rápido e indolor. As amostras são enviadas para laboratórios autorizados, credenciados pela Senatran, onde a análise ocorre seguindo normas técnicas.

Onde serão feitos os exames?

Os interessados devem procurar laboratórios credenciados pela Senatran para realizar o exame. As informações e a lista de laboratórios estão disponíveis no site do Ministério dos Transportes. Somente os exames realizados nesses laboratórios têm validade para habilitação.

A introdução do exame toxicológico no processo de obtenção da CNH das categorias A e B representa um avanço em segurança.

Ao detectar o uso de substâncias psicoativas, busca-se garantir um trânsito mais seguro e motoristas mais responsáveis no Brasil.